sábado, 27 de fevereiro de 2021

O Lago do Fogo



O LAGO DO FOGO

Dr. Martin R.De Raan

 

"Nada há encoberto que não venha a ser revelado; e oculto que não venha a ser conhecido. Porque tudo o que dissestes às escuras, será ouvido em plena luz; e o que dissestes aos ouvidos no interior da casa, será proclamado dos eirados. Digo-vos, pois, amigos meus: Não temais os que matam o corpo e, depois disso, nada mais podem fazer. Eu, porém, vos mostrarei a quem deveis temer: Temei aquele que depois de matar, tem poder para lançar no inferno. Sim, digo-vos, a esse deveis temer" (Lucas 12.2-5).

Essas palavras, que o Senhor Jesus disse, e através das quais mostrou aos seus ouvintes o perigo da maldição eterna no inferno, pertencem às mais solenes, sérias e comoventes palavras. Por terem sido ditas pelos lábios do Salvador, que é o Redentor dos homens, cheio de amor e misericórdia, elas atingem nossos ouvidos com clareza ainda maior.

Uma mensagem dura

A seguir vamos falar sobre o tema "O inferno bíblico", ou responder à pergunta: "O que a Bíblia entende por "inferno"?" Enquanto reflito e raciocino, meu coração está ocupado com dois pensamentos importantes. Refletindo sobre o futuro dos filhos de Deus, o coração se aquece; pois eles passarão a longa Eternidade no céu, e com grande alegria esperamos pelas maravilhosas revelações prometidas nas Escrituras, que se destinam às pessoas que estão salvas pela fé em Jesus Cristo. Mas se observarmos as outras revelações nas Escrituras, que falam sobre onde ficam os perdidos e malditos, e se lemos o que a Bíblia tem a dizer sobre o inferno, então o coração estremece de medo e espanto. Com que grande seriedade a Palavra de Deus fala do lugar que chama "inferno". A esse lugar de terror, as Escrituras também dão o nome de "lago do fogo", o "lugar de destruição" para os perdidos ou "a negridão das trevas".

Devo confessar que somente após dura luta interior decidi-me a escrever sobre esse tema. Eu desejo que pudesse crer que não existe inferno para os maus. Eu desejaria que nunca fosse preciso pregar sobre esse tema. Quanto mais eu preferiria falar somente do amor de Deus! Como eu ficaria feliz se nunca fosse preciso falar da ira de Deus, que repousa sobre o pecador! Devo dizer que tentei e esforcei-me sinceramente para nunca ter que pregar sobre esse fato.

O pregador não tem escolha

Mas o pregador do Evangelho não tem escolha nessas coisas. Ele tem que anunciar o conselho completo de Deus, e mostrar aos homens tudo que a Palavra de Deus contém. A séria advertência que o profeta Ezequiel expressa ressoava sempre de novo em meus ouvidos, até que finalmente segui em obediência: "Filho do homem: Eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; da minha boca ouvirás a palavra, e os avisarás da minha parte. Quando eu disser ao perverso: Certamente morrerás; e tu não o avisares, e nada disseres para o advertir do seu caminho, para lhe salvar a vida, esse perverso morrerá na sua iniquidade, mas o seu sangue da tua mão o requererei" (Ezequiel 3.17-18). Isso me bastou. Prometi ao Senhor naquele momento, que com seu auxílio eu aplicaria todas as minhas forças para advertir meu próximo e manter minhas mãos limpas e imaculadas. Como motivo para escrever sobre a realidade do inferno, eu gostaria de citar as seguintes quatro coisas:

1. Trata-se de uma clara revelação da Escritura.

2. Deus nos ordenou que advertíssemos os homens a respeito.

3. Porque dos púlpitos modernos quase nunca se fala desse fato, é uma imperiosa necessidade que se levante a voz a respeito desse sério assunto.

4. O inferno é uma necessidade moral em uma estrutura moral universal.

Vemos primeiro que as Escrituras falam com diferentes denominações de um lugar onde os maus, os impenitentes, e aqueles que rejeitam e desprezam Cristo, terão que passar a Eternidade. Esse lugar é chamado: o lago do fogo, a segunda morte, o lugar da negridão das trevas, o lugar preparado para o diabo e seus anjos - e muitos outros nomes equivalentes. Todos, porém, são resumidos na palavra inferno. A própria palavra aparece 30 vezes na Bíblia, nós a encontramos 10 vezes no Antigo Testamento e 20 vezes no Novo Testamento. Entretanto, temos que dizer que a palavra "inferno" na Bíblia é uma tradução de no mínimo três diferentes palavras. Sempre que a palavra aparece no Antigo Testamento, trata-se sem exceção de "sheol" e não se refere ao inferno, mas descreve o lugar onde os mortos permanecem temporariamente até à ressurreição de Jesus Cristo. No Novo Testamento a palavra "inferno" aparece 20 vezes, mas no mínimo 7 vezes trata-se da tradução da palavra "hades". A palavra "hades" vem do grego e tem o mesmo significado que o hebraico "sheol", e ambas as palavras indicam o lugar onde encontram-se os mortos não salvos.

Nessas passagens bíblicas do Novo Testamento em que aparece a palavra "inferno", não se fala, portanto, do local de eterna maldição dos perdidos, não se fala do lago do fogo, mas do "sheol-hades" temporário, onde os perdidos são guardados até ao dia do juízo, no qual também o "sheol-hades" será lançado no lago do fogo: "então a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago do fogo. Esta é a segunda morte" (Apocalipse. 20.14).

As almas dos perdidos estão agora no "hades". No final do reinado de Jesus, por ocasião da segunda ressurreição, também eles ressuscitarão e após o juízo serão lançados no lago do fogo, e isso com corpo e alma. Por isso é importante distinguir o lugar intermediário "sheol-hades", onde encontram-se agora os perdidos, e o "inferno", o lugar da maldição eterna.

Como estamos falando desse fato, temos também que analisar ainda outra palavra, que aparece somente uma vez na Bíblia e também foi traduzida por "inferno". Ela encontra-se em 2 Pedro 2.4: "Ora, se Deus não poupou a anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo ". Aqui Deus dá uma explicação a respeito dos anjos caídos, que foram precipitados no inferno. Mas também aqui a palavra "inferno" não foi traduzida exatamente de acordo com o sentido do texto original. A palavra no texto original grego é "tartaroo" e não significa o lago do fogo, mas também um lugar especial que Deus determinou para o grupo de anjos caídos, até ao dia em que juntamente com seu líder, Satanás, serão lançados no lago do fogo (Apocalipse 20.10).

Em outros trechos do Novo Testamento em que aparece a palavra "inferno", trata-se da tradução da palavra grega "geena". Repito mais uma vez que a palavra "inferno" aparece 30 vezes em nossa Bíblia. Mas em muitos dos casos no Novo Testamento não se trata da palavra "geena", sendo que deveria ser traduzida por "hades" e não "inferno". Na Segunda Epístola de Pedro, a passagem em que é usado "tartaroo" também não deveria ser traduzida como "inferno", pois não se faz referência ao lago do fogo.

Jesus usou a palavra onze vezes

Em doze diferentes passagens do Novo Testamento é usada a palavra "inferno" traduzida corretamente do texto original e onde significa o lugar da maldição eterna. É admirável que essa séria palavra foi dita onze vezes pelos lábios de Jesus, que era a própria mansidão, e somente uma vez por outro, ou seja, por Tiago em Tiago 3.6. Acentuo especialmente o fato que a palavra "geena-inferno" saiu onze vezes dos lábios do Salvador, que era tão amoroso, misericordioso e manso, e que veio para salvar os homens da maldição eterna. Três vezes o Senhor citou a palavra em seu Sermão do Monte. Também aqui temos que mostrar o fato com toda a seriedade, porque a teologia moderna nega a existência do inferno. Sempre de novo é dito que Deus é amor, ele é tão amigo, misericordioso, tão paciente, que nunca pensaria em lançar suas criaturas para dentro de tal lago do fogo. Quantas vezes nos é dito que não deveríamos pregar sobre juízo, pecado, maldição e destruição eterna; pois essa seria uma doutrina medieval e pagã, uma sobra dos negros tempos do politeísmo pagão. É dito a nós que é melhor pregar sobre as bem-aventuranças, sobre o "áureo caminho do meio" e também sobre o Sermão do Monte. Com essas palavras somos frequentemente exortados. Sim, de fato, deveríamos falar mais sobre o Sermão do Monte; mas então precisamos também pregar sobre a realidade do inferno, pois a primeira vez em que essa palavra aparece no Novo Testamento ela foi dita pelo próprio Salvador sobre o monte (Mateus 5:22,29,30).

O inferno é um fato

O inferno é uma realidade terrível. Podemos rebelar-nos contra ela, podemos tentar negá-la - o fato permanece. Eu também gostaria de poder crer que não houvesse um lugar de maldição eterna, mas se eu cresse nisso, teria que jogar fora minha Bíblia, teria que fazer de Jesus um enganador, poderia violar qualquer lei, qualquer mandamento moral, teria que abandonar minha fé em um Deus santo e justo. Se não existe um julgamento eterno do qual preciso ser salvo, então também foi desnecessária a vinda do Salvador, sua morte teria sido um julgamento errado da parte de Deus, e a Bíblia se tomaria um livro de lendas obscuras e apavorantes, cheia de pessimismo.

Se não há um inferno, então todo pregador do Evangelho que adverte os pecadores sobre a ira vindoura de Deus é um miserável, abjeto agoureiro, que deveria ser levado a silenciar imediatamente e para sempre. Mas se Deus e a Bíblia continuam com razão, e a existência do inferno é mesmo um fato inegável, então por outro lado, também todos os pregadores que não levantam sua voz para advertir os homens sobre a futura ira de Deus, não são nada mais que miseráveis, infiéis traidores do seu próximo e obreiros desobedientes a Deus e à sua Palavra.

Mas se tu pensas que essas palavras são muito drásticas, então deixa-me lembrar-te mais uma vez as palavras que estão no princípio deste capítulo: "Digo-vos, pois, amigos meus:

Não temais os que matam o corpo e, depois, disso, nada mais podem fazer. Eu, porém, vos mostrarei a quem deveis temer: Temei aquele que depois de matar, tem poder para lançar no inferno. Sim, digo-vos, a esse deveis temer" (Lucas 12:4-5). Ou, escuta o que Jesus diz em outro lugar: "Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo" (Mateus 10:28). Essas palavras do Salvador ou são verdade ou não são verdade. Há somente uma possibilidade. Se elas não são verdade, então o Senhor enganou-se, e então também não tem sentido que continuemos carregando a Bíblia conosco. Mas essas palavras são a pura verdade, elas são a Palavra de Deus. Jesus mesmo disse essas palavras, e por isso, como servo do meu Deus, não posso fazer outra coisa do que exclamar: apressa-te e foge da ira vindoura de Deus, antes que seja tarde para sempre! Não posso fazer nada, as palavras do profeta Ezequiel continuam ressoando em minha alma: "Quando eu disser ao perverso: Certamente morrerás; e tu não o avisares, e nada disseres para o advertir do seu mau caminho, para lhe salvar a vida, esse perverso morrerá na sua iniquidade, mas o seu sangue da tua mão o requererei" (Ezequiel 3:18).

Ó meu Deus, ajuda-me que minhas mãos permaneçam limpas do sangue do meu próximo. Permite-me dizer-te como podes escapar do terrível destino da maldição eterna. Deus diz que não quer que alguém se perca. Ele preparou um caminho para escapar de tudo isso, por meio do seu Filho Jesus Cristo. Jesus, o Filho de Deus, morreu na cruz e ressuscitou dentre os mortos, para salvar-nos da sentença da maldição eterna. Sua Palavra diz tão claramente: "Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida" (João 5:24). "Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo" (Romanos 10:13).

Invoca agora o Senhor, vem a ele na fé. Chega-te a ele agora e crê na sua Palavra: " ... o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora" (João 6:37).

A verdade mais abafada

“e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial”? E ele emudeceu. Então ordenou o rei aos serventes:

Amarrai-o de pés e mãos, e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes" (Mateus 22:12-13).

A Palavra de Deus e Jesus mesmo ensinam sem contradição e não deixam dúvidas de que existe tanto um céu para os bem-aventurados, como também um inferno para os perdidos. É uma exigência da Escritura, da qual não é possível fugir, falar sobre esse tema impopular. Justamente porque essa verdade é tão impopular e desagradável, na maior parte dos púlpitos não se fala sobre ela, e em muitas igrejas esse tema é proibido, por pertencer às verdades desagradáveis que se prefere não tocar. A palavra "inferno" pode hoje ser ouvida com muito mais frequência nas ruas, nos trens, nos ônibus e em escritórios, etc. do que nos púlpitos das igrejas. Homens Ímpios utilizam a palavra muito mais frequentemente para maldizer do que muitos pregadores na igreja. Lá onde deveria ser mais aplicada, ela é escrupulosamente evitada.

Um truque de Satanás

É um perigoso truque de Satanás, do nosso inimigo figadal, retirar o temor de Deus e o medo do inferno do coração dos homens. É dito a nós com palavras diretas: "Não preguem sobre o juízo, não amedrontem as pessoas com a pregação de um Deus irado. Falem sobre um Deus de amor, sobre sua bondade, falem sobre a dignidade, sobre a paternidade geral de Deus". Mas isso não muda nada na Palavra de Deus, e também não pode mudar a realidade daquilo sobre o que estamos falando. Talvez o inferno perdeu seus horrores para muitos, mas ele não perdeu nada da sua realidade. O inferno continua sendo um fato bíblico, que é claramente descrito na Bíblia.

Recentemente um amigo escreveu-me e disse: "Estou muito admirado que um homem como o senhor, de tão elevada instrução científica, ainda pode crer em coisas tão antiquadas, carunchosas, não comprovadas e originárias do tempo do paganismo, como a existência do inferno. Um moderno estudioso da nossa época não acredita mais nisso". Bem, se ele tem razão, então não pertenço mais aos estudiosos. Suponhamos que nenhum estudioso moderno creia mais no inferno, o que isso prova? Isso não muda de modo nenhum a Palavra de Deus. Mas na realidade não é verdade que todos os estudiosos do nosso tempo negam a veracidade da existência do inferno e a crença no juízo eterno. Sempre ainda existem no mundo milhares de pessoas altamente instruídas, que não somente crêem nisso, mas também testemunham alegremente que pela fé em Jesus Cristo foram salvas do temor do juízo vindouro. Incredulidade não muda nada na verdade. A Palavra de Deus é a verdade.

Creio que na época de Noé nem um único estudioso cria nas palavras de Noé, quando ele pregava sobre o dilúvio que viria. Mas ele veio mesmo assim. Nós o sabemos não somente porque a Bíblia o relata, mas também porque a Geologia pode comprová-lo cientificamente. Também no tempo de Ló provavelmente não havia um único estudioso que cria que o juízo sobre Sodoma e Gomorra estava tão próximo. Mas ele veio assim mesmo, e todos morreram. Os grandes e sábios do tempo do Salvador também não deram atenção às advertências do Senhor, quando ele previu a destruição de Jerusalém e ameaçou com o juízo de Deus sobre a nação Israel - mas com que abaladora pontualidade tudo aconteceu! Sim, permanece que Deus é "verdadeiro, e mentiroso todo homem" (Romanos 3:4). Satanás realizou uma obra de mestre quando sussurrou ao homem que o inferno não era realidade, consistindo somente da imaginação e fantasia do homem. Por isso hoje existem somente poucas pessoas que ainda crêem na realidade bíblica do inferno. As pessoas que agora falam tão levianamente sobre ele estremeceriam e ficariam amedrontadas se uma vez imaginassem a realidade. Frequentemente ouve-se ou lê-se nas revistas, como se faz diferentes piadas sobre esse terrível lugar, e frequentemente são alvos dessas piadas aqueles que cedo ou tarde sofrerão essa terrível sentença.

A chave para a salvação

Se é nosso desejo que através de um despertamento almas sejam salvas, isso somente pode acontecer se pregarmos sem compromissos e sem desculpas sobre o horror e a baixeza do pecado, sobre a santidade de Deus e sobre a existência do inferno. Se analisarmos a história dos movimentos de despertamento de todos os tempos, perceberemos que foram não somente um fruto da pregação sobre o amor de Deus, mas também da apresentação da ira de Deus, que virá sobre os homens. Ouvimos muitas vezes sobre uma "chave para o despertamento", mas sou de opinião que a verdadeira chave é o retomo para a boa, antiquada pregação dos metodistas originais, onde se falava da santidade de Deus, do ódio contra o pecado e também do fogo do juízo eterno. Eu creio na Bíblia; cada palavra da Bíblia é para mim Palavra de Deus.

Eu creio o que ela diz sobre o amor de Deus, sobre sua misericórdia, sua paciência e benevolência. Creio também no que a Bíblia diz sobre o céu. Mas do mesmo modo creio que estamos tratando com um Deus santo, perfeito e justo, que de nenhum modo ignora a culpa e o pecado, mas que exige que toda desobediência e todas as transgressões encontrem seu justo castigo e retribuição. Por crer nisso e estar convencido disso, eu seria um hipócrita miserável se não advertisse meu próximo a respeito desse perigo.

A Bíblia fala claro

Cito algumas passagens da Palavra de Deus. Se crês na Bíblia, ela te convencerá. Mas se não crês na Palavra de Deus, então falta-nos a base comum, na qual possamos edificar, e todas as outras palavras não têm sentido. Assemelhas-te então a um navio sem leme, ou a um navegante que quer atravessar um oceano sem bússola. Na Segunda Epístola aos Tessalonicenses lemos o que o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, escreveu sobre a vinda do Senhor: " ... quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder" (2 Tessalonicenses 1:7-9). E o apóstolo João escreve em Apocalipse 21.8: "Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte". Ou, escuta o que diz o próprio Senhor Jesus, quando em Mateus 25 descreve o fim dos pecadores:

"Então o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos ... E irão estes para o castigo eterno, porém os justos para a vida eterna" (Mateus 25:41-46).

Creio que não é necessário apresentar mais passagens bíblicas para saber o que a Bíblia diz sobre o fim dos pecadores. Longe de mim, tentar convencer-te sobre a realidade do inferno. Quero somente dizer-te o que a Bíblia ensina e diz sobre esse lugar. Se tu o rejeitas, não rejeitas minhas palavras, mas a santa e infalível Palavra de Deus. Se és de outra opinião do que a minha, isso não é trágico, pois eu também posso errar; mas se és de outra opinião que a Palavra de Deus, então o és às custas e colocando em risco tua alma imortal. Se não crês, somente tens que haver-te com Ele, o autor e escritor da Bíblia, não comigo. Tudo que posso fazer e também tento sinceramente, é dizer-te o que Deus diz, deixando-te então a decisão de aceitá-lo ou não.

A existência do inferno é necessária?

Antes que terminemos este capítulo, eu gostaria ainda de dizer algumas palavras sobre a absoluta necessidade moral de uma retribuição. Sempre novamente ouve-se a objeção:

"Não posso entender que um Deus que é amor pode enviar suas próprias criaturas para um lugar de tormento. Também não posso crer que o Deus amoroso deixará que soframos e sejamos afligidos em um lugar como o inferno". Não é essa a questão que interessa; na verdade nossos sentimentos não têm nada a ver com isso. Trata-se, no fundo, do que Deus mesmo tem a dizer sobre essa questão, e não o que eu e tu pensamos sobre ela. Lembro que o diabo insinuou o mesmo argumento com Eva. Deus lhe havia dito: " ... porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gênesis 2:17). Mas o diabo semeou dúvidas no coração de Eva, dizendo: "É certo que não morrereis" (Gênesis 3:4). Era a sua opinião em confronto com a de Deus. Repito mais uma vez que eu desejaria não precisar crer na realidade de uma maldição eterna. Mas além da Palavra de Deus, que ensina esse fato tão claramente, e da Santidade de Deus, também meu próprio raciocínio e minha própria razão me dizem que deve haver uma retribuição, e por isso um lugar de retribuição. A realidade do inferno baseia-se nos princípios básicos da moral em toda a estrutura mundial. Se fosse abolido o castigo dos criminosos e violadores da lei, logo ruiria a moral e dignidade humana.

O fundamento de um governo

O fundamento de um bom governo é a justiça. Os violadores da lei têm que ser castigados. Temos leis, segundo as quais ladrões, assassinos, mentirosos, trapaceiros e traidores são castigados, e ninguém acha que isso é injusto. Cada prisão e penitenciária em todo o mundo é um monumento da necessidade de um governo moral e de justiça, e que os violadores têm que ser castigados. Que mundo seria esse, se não houvesse leis, segundo as quais os homens fossem governados, e se não houvesse castigo para criminosos e infratores!

Existe até a pena de morte para crimes contra a vida humana, e também aí ninguém põe em dúvida o direito do governo nessa questão. Por que se quer então disputar o direito do Deus soberano e completamente justo, de castigar os homens que ele mesmo criou e que se rebelam contra ele? Se quiseres negar a Deus o direito, também tu logo descobrirás que a estrutura moral da Humanidade, sim, de todo o Universo, rui completamente e se transforma em caos.

O mundo está tão cheio de diferenças e está em tão grande desequilíbrio interno, que um dia deve chegar o acerto de contas. Se com a morte tudo acabasse e não houvesse retribuição justa, o que concluiríamos sobre os déspotas, que levaram  uma vida de luxo e subjugaram, maltrataram, saquearam e assassinaram seu próximo, cometendo muitos atos abomináveis? Então minha fé na dignidade moral de Deus ruiria completamente. Não, um Deus de amor, que usasse de demasiada bondade e deixasse o pecado sem castigo, nem seria Deus. Ele faria menos do que exige e reclama a justiça humana.

Como se explica todo o sofrimento inominável, que traz consigo morte e lágrimas, mágoas e preocupações, doenças, dores e separações? Que explicação temos para as guerras, que destroem milhões de pessoas, e para as doenças e fomes que ceifam incontáveis milhões de pessoas?

Se Deus é somente um Deus de amor, então explica-me, por favor, por que ele permite todas essas coisas? Se Deus é somente um Deus de amor, que não quer ver sua criatura sofrer, então diz-me, por favor, por que hoje todas essas coisas existem no mundo e um Deus Todo-Poderoso e amoroso governa sobre tudo.

Mas não precisamos desanimar. Existe uma saída de todas essas trevas e aflições. Graças a Deus, existe uma salvação. Trata-se da salvação que nos é oferecida no Filho de Deus, e aí se encontra também a nossa esperança. Como a vida seria triste e sem esperança, se Deus não tivesse preparado um caminho para nos dar a oportunidade de escapar dessa desgraça futura. Continua sendo verdade: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16).

A tua e a minha esperança se encontra na aceitação na fé da oferta divina da sua eterna redenção, mas não em rebelião contra sua justiça ou na rejeição do seu direito paterno de castigar os ímpios. Por que não queres agora, imediatamente, colocar essa questão em ordem com Deus, aceitando o Senhor Jesus como teu Senhor e Salvador? Então também tu saberás imediatamente, que "já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Romanos 8:1).

Por que não crer na Palavra de Deus? Admite teu pecado, confessa-o, humilha-te por causa dele, e aceita Jesus como teu Salvador para o presente e para a Eternidade. Então estás livre da acusação da tua culpa e do teu pecado, e a ira vindoura de Deus não te assustará mais.

Por que ser leviano e brincar com a Eternidade? Suponhamos que tivesses razão e realmente não houvesse um lugar que a Bíblia chama inferno. Então eu, que creio nisso, apesar de tudo, não perderia nada. Mas se tu não tens razão, tens tudo a perder. Já eu, que creio na Palavra de Deus, tenho tudo a ganhar e nada a perder. Mas tu não ganhas nada e perdes tudo, se rejeitas e desdenhas a salvação em Cristo.

Crê no senhor Jesus Cristo e serás salvo! Que Deus te ajude para Isso em graça.

"Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta que, com os sinais feitos diante dela, seduziu aqueles que receberam a marca da besta, e eram os adoradores da sua Imagem. Os dois foram lançados vivos dentro do lado do fogo que arde com enxofre" (Apocalipse 9:20).

Nesse versículo assustador nos é dito quem serão os primeiros habitantes do inferno. Esses dois homens, a besta e o falso profeta, são as primeiras criaturas que serão lançadas no lago do fogo. O inferno está agora completamente vazio, completamente desabitado. Segundo a Bíblia, os perdidos encontram-se no "hades" (reino intermediário). Os anjos caídos encontram-se em um lugar chamado "tártaro" (2 Pedro 2:4). Após a Grande Tribulação e ao tempo da volta gloriosa de Jesus a esta terra, esses dois, o anticristo (besta) e o falso profeta serão corporalmente lançados dentro do lugar chamado o "lago do fogo". Lá eles passarão mil anos. Depois disso, entretanto, também o seu mestre, Satanás, compartilhará com eles o lugar de tormento. É o que a Escritura nos diz claramente no Apocalipse: "Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão ... desceu, porém, fogo do céu e os consumiu. O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago do fogo e enxofre, onde também se encontram não só a besta como o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite pelos séculos dos séculos" (Apocalipse 20:7,9-10).

Nenhuma destruição

Essas palavras são muito importantes para deixarem de ser consideradas. Durante mil anos esses dois homens, o anticristo (besta) e o falso profeta, ficarão no lago do fogo, sem que sejam queimados. Quando, depois de transcorridos mil anos, Satanás for reunido a eles, lemos na Escritura com a maior clareza: "O diabo ... foi lançado para dentro do lago do fogo, onde também se encontram não só a besta como o falso profeta ... " Portanto, após mil anos eles continuam lá, vivos. Por isso não podemos ensinar que o inferno seja uma destruição. De modo nenhum trata-se de extinção da existência.

Depois os perdidos

Até agora lemos de dois grupos que serão lançados no lago do fogo. No princípio dos mil anos, a besta e o falso profeta serão lançados no lago do fogo. Mil anos mais tarde, o diabo segue para o mesmo lugar de tormento, e logo depois todas as suas vítimas, todos os seus cúmplices serão reunidos a ele - todos os incrédulos. A Palavra de Deus nos diz: "E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago do fogo" (Apocalipse 20:15).

A origem do inferno

Enquanto a Bíblia fala claramente sobre o inferno, há, entretanto, coisas sobre as quais ela cala ou dá somente indícios fracos. Não sabemos, por exemplo, quando foi criado o inferno, nem onde ele se localiza. Mas uma coisa podemos afirmar tranquilos, ou seja, que o inferno não era parte da criação original de Deus.

Em Gênesis 1.1 temos o relato da criação original. Antes do tempo desse versículo não existia nada além de Deus. Deus era tudo em todos, e completa santidade e amor envolviam a vida familiar do Pai, Filho e Espírito Santo. Nessa vida sem princípio do grande, eterno "Eu sou", Deus planejou chamar à existência uma criação, em um tempo que ele mesmo determinou em sua sabedoria soberana. No plano dessa criação original, que está descrita em Gênesis 1.1, o inferno não estava incluído. Ele deve ter sido acrescentado mais tarde. Lemos no primeiro relato da criação: "No princípio criou Deus os céus e a terra" (Gênesis 1.1). Por favor, observe que isso foi o princípio da criatura, mas não o princípio de Deus. Em João 1.1 nos é dito claramente que Deus já era quando criou "os céus e a terra". O Criador não precisava ser criado. João diz isso com as seguintes palavras: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (João 1.1).

O verbo que é traduzido por "era", é um verbo grego que é utilizado somente com relação à existência de Deus. Ele descreve a existência de Deus sem qualquer referência a um início. Noutro versículo do Evangelho de João lemos o seguinte a respeito da criação: "Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez" (João 1.3). Também nesse versículo é mostrado claramente que a existência de Deus é sem princípio. O verbo, que é usado também aqui, indica a falta de início do Criador do Universo. Quão exata é a Bíblia em Seu modo de expressão, verdadeiramente uma maravilhosa prova da inspiração pelo Espírito Santo. Quando João fala de Deus, ele utiliza o verbo "era" ou "foi". No princípio, portanto, Deus criou os céus e a terra. No texto original hebraico a palavra para céus é "shamayim". A terminação "im" indica o plural. Isso pretende mostrar que há mais do que somente um céu. Na Bíblia distinguem-se pelo menos três céus: o céu inferior (auronos), o céu intermediário (mesoranios) e o céu superior (eporanios). Por céu inferior entendemos o céu atmosférico, que envolve a Terra com ar, nuvens e vapor. O céu intermediário é o céu planetário das estrelas, chamado também o céu astronômico, e além desse céu está o céu superior, que nas Escrituras é também chamado "céu dos céus".

Mas não o inferno

Quando Deus criou os céus e a terra, o céu inferior e intermediário estavam incluídos, e estamos firmemente convencidos que o céu atmosférico e o céu planetário foram criados naquele tempo, e possivelmente também o terceiro céu. Notamos que a palavra "shamayim" está na forma plural, os céus. É interessante, mas não de admirar, que o inferno nem é citado no relato original da criação. A Bíblia simplesmente diz: "No princípio criou Deus os céus e a terra" - não se faz referência ao inferno.

O inferno foi deixado de lado intencionalmente. Naturalmente o Deus onisciente sabia que o pecado viria e que também seria necessário um inferno; mas antes que o pecado viesse ao mundo, não havia inferno, e Deus não tinha providenciado um inferno em sua criação. Ele foi criado somente mais tarde.

Desde quando existe um inferno?

Agora pode surgir a pergunta, quando Deus preparou o inferno? Realmente não podemos responder essa pergunta com certeza, mas deve ter sido após a queda dos anjos. No livro de Jó lemos que os anjos, ali chamados de estrelas da alva, estavam presentes na criação original do mundo. É de se supor que essa terra original foi o local de habitação dos anjos por milhões e milhões de anos. Mas Lúcifer, um querubim (Ezequiel 28:14) o líder desses exércitos celestiais, rebelou-se contra o Deus Todo-Poderoso e levou junto consigo nessa rebelião uma parte das miríades de anjos. O triste final foi que eles foram expulsos tanto da terra de então como do céu. Uma parte desses "anjos caídos" encontra-se agora em um lugar chamado "tártaro" (2 Pedro 2:4).

Agora, porém, em consequência do pecado desses anjos caídos, Deus preparou um lugar onde junto com Satanás serão amaldiçoados por toda a Eternidade, para serem atormentados dia e noite. O Senhor mesmo nos diz isso, quando no Evangelho de Mateus fala do julgamento sobre os maus: "Então o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos" (Mateus 25.41). Que terrível, mas solene revelação. O fogo do inferno sem fim não tinha sido criado para os homens. Ele não foi preparado para ti, que ainda és um pecador. Esse fogo foi preparado para o diabo e seus anjos. Deus não criou os homens para o inferno, nem preparou o inferno para os homens. Se um homem, apesar disso, vai para o inferno, então somente porque ele se decide por isso, rejeitando e desprezando o maravilhoso dom da graça de Deus, seu amor e a salvação em Cristo Jesus. Ninguém poderá responsabilizar Deus por ter ido para o fogo do inferno e por sofrer ali durante toda a Eternidade.

Há somente dois senhores

Há somente dois lugares que podemos ter como destino, ou o céu ou o inferno. Há também somente dois senhores, Cristo e o diabo e tu e eu somente podemos servir a um deles, ou a Jesus ou a Satanás. O Senhor Jesus diz: 'Ninguém pode servir a dois senhores". Se tu serves a Cristo na Terra, também é certo que passes a Eternidade no céu, com ele, a quem amas e a quem serviste.

Mas se preferes servir ao diabo, rejeitando a aceitação da salvação em Cristo, pergunto-te uma vez seriamente: 'Nesse caso também não é justo e certo que passes a Eternidade lá onde está o teu mestre, o diabo, a quem escolheste servir? ”A quem queres culpar se estiveres naquele terrível lugar, preparado para o diabo e seus anjos, se tu mesmo tomaste a decisão da tua vida”?

Pensa seriamente a respeito, antes que seja tarde para sempre.

Não sabemos em que tempo foi preparado esse lugar de tormento. Mas uma coisa é clara: que sua preparação tomou-se necessária por causa do pecado, principalmente por causa da queda dos anjos, para o castigo eterno do diabo, dos seus anjos e de todos os homens que preferem servir a ele, o inimigo de Deus, ao invés de aceitarem a salvação, que lhes é oferecida pelo Filho de Deus. Por isso, não seria melhor aceitar agora a Jesus como Salvador da tua alma, enquanto tratamos desse assunto?

Quão terrível deve ser ter que passar uma longa Eternidade na companhia do diabo nas mais profundas trevas!

O inferno nunca foi destinado a ti, e Deus não quer que vás para lá. Mas se mesmo assim acabares lá, isso será por tua própria culpa, porque rejeitaste a oferta divina do céu e sua salvação. Se apesar disso fores para o inferno, teu caminho passa sobre o Filho de Deus crucificado, que morreu também por ti. Por que não queres aceitá-lo agora na fé?

Onde é o inferno?

Procuremos a resposta ainda para outra pergunta: onde é o lago do fogo? Temos que admitir que também sobre isso a Bíblia não nos dá uma resposta certa. Pode ser que seja uma estrela flamejante, distante milhares  de anos luz da terra. Ou será uma gigantesca cratera de um planeta queimado e fumegante? Não o sabemos. Mas o que sabemos é o seguinte: o lugar de maldição é completamente separado de Deus, o Deus da luz. O Senhor diz: "Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”. E esse lugar é chamado" a negridão das trevas".

Negridão das trevas

Lá não somente será escuro, mas dominarão as trevas mais profundas. Não haverá lugar que esteja tão distante de Deus, que nem mesmo o menor raio de luz chega a ele. Será um tatear em trevas palpáveis, sem uma centelha de esperança, em eterna separação de Deus, no lugar do qual o Salvador diz: "ali haverá choro e ranger de dentes" (Mateus 24.51).

Por que digo tudo isso? Por que prego sobre o inferno? Por que lembro tudo isso a vocês? E por que repito sempre de novo essas coisas terríveis? Porque amo-te mais do que pensas, e porque eu gostaria que fosses salvo. Deus te ama e anseia que te tornes sua propriedade. Encontro-me sob forte pressão interior, e o grande peso pelos homens ainda não salvos está sobre mim.

Quando um médico sabe que alguém tem uma doença perigosa, e conhece também um medicamento infalível, ele deve ser um diabo se não advertir seu paciente e oferecer-lhe o remédio salvador. Se sei que a agulha foi colocada errada, eu seria um assassino se não levasse o trem a parar de qualquer maneira. Se eu visse tua casa em chamas e soubesse que tu e tua família dormem nela, e não fizesse tudo para acordar-te, que pessoa brutal eu seria! E o que pensarias de mim, um pregador, que tenho a incumbência de advertir os homens a respeito do juízo vindouro, se eu não o fizesse? Se, por medo de me tomar impopular, eu me calasse ao invés de advertir as pessoas: "Apressem-se e fujam da ira vindoura", não haveria palavras que pudessem descrever minha situação detestável.

Existe um remédio, e aqui está! Justamente onde te encontras, podes ser salvo para sempre, de todo o teu pecado, do juízo e do temor do inferno. Confessa que és um pecador, e crê na Palavra de Deus. Então aceita a salvação, baixando tua cabeça e orando: "Senhor Jesus, eu, um pobre, perdido, pecador, confio em ti quanto posso, que me salves. Aceito-te como meu Salvador, creio que morreste por mim e que ressuscitaste para salvar-me por toda a Eternidade". Isso é tudo que tens a fazer.

O terrível fim de Satanás e dos seus servos

"O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago do fogo e enxofre, onde também se encontram não só a besta co mo o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite pelos séculos dos séculos" (Apocalipse 20.10). "Então a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago do fogo ... E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago do fogo" (Apocalipse 20.14-15).

Com essas terríveis palavras o Espírito Santo nos faz saber através de João, o apóstolo, como será o terrível fim do diabo e de todos os seus seguidores. Não podemos desculpar nem precisamos defender a revelação divina dessa verdade. Se alguém se ofende com essas palavras, ele tem que haver-se com o autor da Bíblia, com Deus mesmo.

A Bíblia ensina clara e inequivocamente que existe um céu como morada eterna para os bem-aventurados e ela ensina tão claramente também que existe um inferno eterno para os perdidos. Todos os ramos da igreja cristã, por mais que divirjam nas diferentes questões doutrinárias, concordam neste ponto, que existe uma retribuição eterna. Isso foi aceito desde o princípio em todos os credos das igrejas. Mas realmente é um fato triste que hoje não se prega mais sobre isso em muitas igrejas. Mas podemos verificar que seu credo continua contendo esse dogma, quer o pregador o aceite pessoalmente ou não. Mas nossa crença na realidade do inferno não está baseada em qualquer dogma eclesiástico ou em credos religiosos, muito menos em opiniões de certos homens ou em seus sentimentos e impressões, mas única e exclusivamente na iniludível Palavra de Deus. Meus sentimentos e impressões pessoais também resistem à ideia de uma maldição eterna num lugar tão terrível como a Bíblia descreve o inferno; mas sou obrigado a crer nisso, porque meu bom senso me convence, e principalmente porque o Senhor o diz em sua Palavra. Se isso não é verdade, não existe também justiça moral nos acontecimentos mundiais; mas se é verdade, então preciso advertir-te, para que busques refúgio com Jesus Cristo.

Anteriormente dissemos que a Bíblia não nos informa onde é o inferno. Sabemos somente que se trata de um lugar distante de Deus e de trevas máximas. Apesar de não podermos descrever a localização do lugar, sabemos que se trata de um lugar definido. Jesus diz que" o corpo e a alma" serão lançados no inferno. Tanto dois homens, o anticristo e o falso profeta, como o diabo irão corporalmente para esse lugar, conforme Apocalipse 19 e 20.

A Origem do nome

A palavra "inferno" é "geena" no texto original, apesar de também "sheol" ter sido traduzido por inferno. A palavra "geena" é composta por duas palavras hebraicas: "gê", que significa "um abismo" e "hinnom". Essas duas palavras juntas significam "o abismo ou vale de Hinom". Esse foi o lugar onde o ímpio rei Manassés queimou seus filhos (2 Crônicas 33.6). Esse lugar era chamado o Vale de Hinom. Por isso, "geena" é o nome grego para o Vale de Hinom. Esse era um lugar cheio de fogo, morte e aflição. Mais tarde chamou-se também "geena" o abismo ou vale fora da cidade de Jerusalém onde era jogado o lixo. Isso corresponde em nosso tempo aos depósitos de lixo com mau cheiro, fumaça e odores de putrefação que se encontram fora das cidades. Isso combina também com as palavras de Jesus, quando descreve esse lugar: "onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga" (Marcos 9.44).

Como Jesus descreve o lugar

Jesus usa esse lugar de incineração fora da cidade de Jerusalém como exemplo em sua descrição do inferno. A esse lugar, para onde vão os perdidos, ele chama "geena" ou "inferno". O Vale de Hinom era um lugar real. Podes insistir que isso é somente um exemplo suposto, mas também isso não muda nada na realidade e no fato. Se a descrição da incineração e também o lago do fogo são somente figuras supostas, quanto mais terrível deve então ser a própria realidade?!

Quem estará lá?

Ninguém está no inferno agora. Satanás não está lá; pois ele será lançado na "geena" após sua última rebelião, conforme Apocalipse 20. Sobre sua atual atividade lemos que ele anda em derredor "como leão que ruge procurando alguém para devorar" (1 Pedro 5.8b).

Os anjos caídos, que não guardaram seu estado original, também não estão lá, pois 2 Pedro 2.4 diz que são reservados para juízo em um lugar chamado "tártaro".

Os perdidos também ainda não estão lá, pois eles se encontram no "sheol-hades", e não serão lançados no lago do fogo antes que seja realizado o julgamento diante do grande trono branco (Ap 20). Portanto, o inferno agora está vazio. Seus primeiros ocupantes, como já dissemos, serão a besta e o falso profeta (Apocalipse 19.20), aos quais Satanás seguirá mil anos mais tarde (Apocalipse 20.10), e depois todos os incrédulos e perdidos lhes serão acrescentados no fim do mundo (Apocalipse 20.15).

A duração da maldição

Agora voltemos nossa atenção para uma coisa a respeito da qual as opiniões são muito diferentes. Todos que crêem na Bíblia, crêem também que existe um inferno. Mas eles não concordam sobre o caráter e a duração do inferno. Quanto tempo durará o lago do fogo e durante quanto tempo os perdidos terão que permanecer nele? Há pessoas que são de opinião, e também ensinam, que os maus queimam no inferno e serão destruídos até restar somente um punhado de cinzas. Já outros ensinam que após certo tempo eles serão libertados, de modo que o inferno seria algo como um purgatório, e na verdade não um lugar de castigo.

Nós cremos, entretanto, que a Bíblia fala bem claramente sobre esse ponto. Ela ensina que os maus serão lançados no inferno por todos os tempos. A palavra "eterno" é "aion" em grego e significa o mesmo que "uma era". Mas uma era é de duração limitada. Por isso, a expressão "para todo o sempre" é "pelos séculos dos séculos", e mostra que se trata de um período de tempo ilimitado. De modo geral essa é a maneira de expressão na língua grega antiga, quando se fala da Eternidade, da Eternidade sem fim.

Normalmente não nos ocupamos muito com palavras gregas ou hebraicas, mas esse assunto é tão importante que precisamos analisá-las. A expressão "eternamente" é uma tradução do grego "tous aionas ton aionon". Essa expressão, que é traduzida por "pelos séculos dos séculos", aparece exatamente treze vezes no último livro da Bíblia, no Apocalipse. Ela é usada como segue:

1. Nove vezes a palavra se refere a Deus, isto é, nove vezes é dito que Deus vive e domina "pelos séculos dos séculos".

2. Uma vez ela é utilizada para descrever a existência dos santos no céu.

3. Uma vez ela é utilizada para descrever a duração do tormento e castigo eterno do diabo no inferno.

4. Duas vezes a mesma expressão é usada para a duração dos sofrimentos daqueles infelizes perdidos, que têm que suportar eternamente os seus tormentos.

Percebes do que se trata realmente? Se a Bíblia diz "pelos séculos dos séculos", ela quer dizer "para sempre e eternamente". E um erro perigoso dizer que "eternamente" equivale a "um tempo determinado". Se a Bíblia diz que os perdidos serão lançados no lago do fogo para sempre, então ela também quer dizer isso. Se isso não significar "eternamente", então Deus também não é eterno, então Jesus também não seria eterno, e também os santos e bem-aventurados não ficariam no céu e na glória para sempre, eternamente. Essa expressão é usada da mesma maneira para todos. Se num caso ela significa "para sempre", então é uma conclusão lógica que em todos os casos deve significar a mesma coisa.

Há diferenças no inferno?

Vamos tentar. ainda esclarecer outro ponto. A Bíblia descreve o inferno (geena) como um lugar de tormentos e sofrimentos. Apesar disso os condenados no lago do fogo não terão que passar todos pela mesma espécie de sofrimentos... O julgamento de Deus será justo e certo, pois "as suas misericórdias não têm fim". Também no seu julgamento Deus será absolutamente justo e correto. Em nenhum lugar isso é dito mais nítida e claramente do que no Apocalipse: "Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então se abriram livros. Ainda outro livro, o livro da vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros" (Apocalipse 20.11-12).

Friso agora especialmente as palavras "segundo as suas obras". As mesmas palavras são repetidas no versículo 13. Por conseguinte, os homens serão julgados segundo as suas obras, e suas obras também determinarão a medida do seu castigo. O local de destino eterno para os perdidos foi estabelecido no momento da sua morte, sendo decidido pela rejeição do Filho de Deus.

A salvação, pelo contrário, não é dependente das obras, mas somente da fé. Mas no juízo final aqueles perdidos destinados a habitarem eternamente no inferno, porque rejeitaram e recusaram Jesus Cristo, serão julgados segundo suas obras e condenados. O grau do seu castigo dependerá de suas ações e atitudes; das oportunidades que tiveram (por exemplo, de ouvir a Palavra de Deus ou através de contato cristão com crentes), e principalmente das obras que realizaram em vida.

O juízo certamente será muito mais brando e misericordioso para os homens que nunca ouviram o verdadeiro Evangelho, do que para aqueles que ouviram muitas vezes o convite do Evangelho, mas o rejeitaram, e recusaram as suaves advertências do Espírito Santo. Para aqueles que durante o seu tempo de vida nunca tiveram oportunidade de ouvir a mensagem da graça, mesmo na maldição será muito mais suportável do que a sentença daqueles que nasceram e cresceram em um país cristão, tendo ouvido o Evangelho sempre de novo, mas o rejeitaram. Nosso Salvador mesmo disse: "Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão" (Lucas 12.48b).

Em outra passagem, nosso Senhor diz: "Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e em Sidom se tivessem operado os milagres que em vós se fizeram, há muito que elas se teriam arrependido com pano de saco e cinza. E contudo vos digo: No dia do juízo haverá menos rigor para Tiro e Sidom, do que para vós outros. Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno: porque se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se fizeram, teria ela permanecido até ao dia de hoje. Digo-vos, porém, que menos rigor haverá no dia do juízo para com a terra de Sodoma, do que para contigo" (Mateus 11.21-24). Dessas palavras conclui-se claramente que maior luz sobre as verdades bíblicas e mais oportunidades para ouvir a Palavra de Deus, trazem consigo também uma maior responsabilidade. Por isso, no inferno nem todas as pessoas terão que passar pela mesma medida e pelo mesmo grau de sofrimentos. Dependerá de quantas oportunidades o homem teve e de quantas rejeitou. Se alguém se perde, seria muito melhor que tivesse sido um pagão que viveu nas trevas do paganismo do que se cresceu em um país cristão com muitas oportunidades de ouvir o Evangelho - e no final perdeu-se da mesma maneira. Se tu te perderes, seria melhor que nunca tivesses escutado a mensagem da salvação, seria melhor que nunca tivesses entrado em uma igreja e nunca tivesses ouvido o Evangelho pelo rádio, sim, seria muito melhor para ti, que nunca tivesses nascido. O fato de teres lido esta mensagem, aumenta tanto mais tua responsabilidade e deixa-te sem qualquer desculpa.

Encontramo-nos agora no fim dessas importantes explanações sobre o difícil e desagradável tema "O inferno bíblico". Devo dizer que pessoalmente sinto um grande alívio depois que transmiti minha mensagem. Nunca temi tanto um tema como esse, e nunca também Satanás atacou-me mais do que agora, enquanto transmito esta mensagem. Ele sempre de novo quis impedir-me. Nunca fui tentado tanto a passar ao largo desse difícil fato, preferindo falar de outra coisa. Não somente por isso estou aliviado porque a missão está cumprida, mas principalmente também porque fui obediente e fiel em transmitir minha advertência a todos vocês. Se algum de vocês acordarem um dia no lugar da negridão das trevas, vocês não poderão levantar-se contra mim e dizer: "O pregador sabia desse lugar, e ele também sabia que eu estava a caminho desse terrível lugar, mas por medo de ser acusado como tolo antiquado e ser descrito como impopular pela massa, ele deixou de advertir-me". Não, minhas mãos estão limpas do sangue de vocês.

Por que não queres agora refugiar-te em Jesus? Por que não aceitá-lo, antes que seja tarde para sempre? Curva teu coração e inclina tua cabeça. Admite tuas culpas, invoca o nome do Senhor Jesus e então crê na sua promessa: "Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Romanos 10.13). Não queres vir agora a ele?

 

Traduzido da versão alemã:”Der feurige Pfuhl” Tradutor: Ingo Haake. Obra Missionária Chamada da Meia Noite. Porto Alegre - RS


Interrogatório


O maior interrogatório da história

Jesus Cristo é o centro da história

HERNANDES DIAS LOPES

Referência: Mateus 22.41E, estando reunidos os fariseus, interrogou-os Jesus,

42  Dizendo: Que pensais vós do Cristo? De quem é filho? Eles disseram-lhe: De Davi.

43  Disse-lhes ele: Como é então que Davi, em espírito, lhe chama Senhor, dizendo:

44  Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, Até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés?

45  Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é seu filho?

46  E ninguém podia responder-lhe uma palavra; nem desde aquele dia ousou mais alguém interrogá-lo.


 INTRODUÇÃO

1. Quem é Jesus Cristo? 

Jesus Cristo é o centro da história. Ele é o Pai da eternidade, o criador, o sustentador, o redentor. Ele é o verbo que se fez carne. O Deus que se fez homem. O Santo que se fez pecado. O Bendito que se fez maldição. O rico que se fez pobre, aquele que preenche todas as coisas. Ele é o alfa e o ômega. Ele é o Senhor, o Rei dos reis, aquele que venceu a morte e triunfou sobre o diabo. Diante dele se dobra todo joelho no céu, na terra e debaixo da terra.
E para vós, quem é Jesus? Eu creio que todos vós tendes uma opinião formada sobre Jesus. Já ouvistes sobre ele. Já lestes vários livros sobre ele. Nenhum personagem da história foi contemplado com tantas obras literárias. Jamais alguém influenciou tanto a humanidade.
O que pensais vós de Cristo? Em todos os séculos esta tem sido uma questão fundamental. Esse é o maior interrogatório da história. Não é o que pensais da IPB. Não é o que pensais do catolicismo. Não é o que pensais desta ou daquela doutrina. Mas o que pensais de Cristo?

2. Qual é o propósito da sua vinda? 

Ele deixou o céu, o seu trono de glória, a companhia dos anjos, querubins e serafins. Ele se esvaziou, se humilhou, tornou-se um bebê, um pobre carpinteiro, um humilde camponês. Ele não tinha onde reclinar a cabeça. Foi homem de dores, veio para morrer.
Ele carregou no seu corpo o nosso pecado. Foi perseguido, traído, negado, preso, acusado, espancado, cuspido, escarnecido, pregado na cruz. Ele sofreu o desamparo de Deus, a crueldade dos homens. Ele bebeu sozinho o cálice da ira de Deus que os pecadores merecem. Ele morreu pelos nossos pecados, veio para buscar o perdido, reconciliar-nos com Deus e justificar-nos diante do trono santo de Deus. Ele veio para salvar-nos.

3. O que vós pensais dele como Mestre? 

Aqueles que foram prendê-lo voltaram de mãos vazias e disseram: “Ninguém jamais falou como este homem”. Ele falava com autoridade e não como os escribas e fariseus. Ele se distinguia pela natureza dos seus ensinos, pela excelência do seu exemplo e pela riqueza de seus métodos. Ele não escreveu livros, mas transformou vidas. Ele não apenas ensinou a verdade, ele é a verdade. Ele não apenas foi o Mestre, mas foi o conteúdo do seu ensino. Ele não apenas foi o supremo profeta, mas é o conteúdo das profecias.

4. O que vós pensais dele como Médico? 

Ele andou por toda a parte fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo. Ele fez maravilhas, realizou o impossível: curou cegos, purificou leprosos, levantou os paralíticos, desimpediu a língua dos mudos e abriu o ouvido dos surdos. Ele ressuscitou os mortos. Ele devolveu a esperança àqueles cujos sonhos já estavam sepultados.
O QUE PENSAIS VÓS DE CRISTO? 

I. O TESTEMUNHO DA TERRA 

A. Os seus inimigos, o pensam dele? 

1. Os fariseus – Vós fariseus, que estivestes sempre espreitando o Cristo, com inveja dele, com malícia no coração, com desejo de apanhá-lo no contrapé, com perguntas capciosas, com projetos iníquos de matá-lo, O QUE PENSAIS DO CRISTO?
a) Ele recebe pecadores – Oh, sim, isto é verdade! Jesus foi amigo dos pecadores. Ele conversava com os proscritos publicanos, com os rejeitados pecadores, com as escorraçadas prostitutas. Ele acolhia e abraçava os párias. Ele toca os imundos leprosos. Esta é a nossa grande esperança! Esta é a verdade mais acalentadora do Cristianismo. Ele veio para os doentes. Ele veio buscar o perdido. Ele veio para gente que se sente arruinada, quebrada, falida. Ele veio para os falidos moralmente. Para aqueles que estão no fundo do poço.
b) Ele salvou os outros e a si mesmo não pode salvar – Sim, isto também é uma tremenda verdade. SE Jesus descesse da cruz, todos nós desceríamos ao inferno. SE Jesus descesse da cruz, jamais poderíamos subir ao céu. Ele não poupou a sua própria vida, para que fôssemos salvos. Ele morreu a nossa morte, para vivermos a sua vida.

2. Caifás – E vós Caifás, que tivestes inveja de Jesus, que conspirastes contra ele, que seduzistes o coração de Judas com dinheiro, que subornastes testemunhas falsas, que colocastes a máquina religiosa contra o Cristo, O QUE PENSAIS VÓS DO CRISTO?
a) Ele blasfema porque se diz Filho de Deus e vai voltar um dia nas nuvens – Oh! sim estás certa. Ele é mesmo a sua afirmação. Mas estais enganado. Ele não blasfema. Ele verdadeiramente é o Filho de Deus. Ele é o Deus eterno que se fez carne. Ele é o Deus Emanuel. O testemunho de Cristo a respeito de si mesmo não é falso. Ele é a verdade. Sim, ele vai voltar com grande poder e glória. AS nuvens serão sua carruagem. O mesmo Jesus que entrou em Jerusalém humilde, cavalgando um jumentinho, voltará entre nuvens, com grande poder e muita glória. Será acompanhado por um séquito de anjos! Oh que glória será!

3. Pilatos – E vós Pilatos, o pensais do Cristo, visto que tendes a tarefa de julgá-lo? O que pensais do Cristo, diante da pressão dos sacerdotes, da gritaria da multidão? “Eu não vejo nele crime algum”.

4. A mulher de Pilatos – E vós, mulher de Pilatos, que sonhastes com Jesus, o que pensais vós dele? O que tendes a dizer para o seu marido a respeito de Jesus? “Não te envolvas com este justo”.

5. Judas Iscariotes – E vós Judas, que fostes apóstolo de Cristo, que vistes os seus milagres, que ouvistes suas palavras, que vistes seu exemplo. Vós que traístes a Jesus, que o vendestes por trinta moedas de prata, que o entregastes aos soldados romanos usando o beijo traidor, O QUE PENSAIS VÓS DO CRISTO? “Eu trai sangue inocente”.

6. Centurião – E vós, centurião romano, que estivestes presente na crucificação de Jesus e que mandastes os soldados romanos açoitarem-no com violência, que ordenastes aos soldados para o pregarem na cruz, que vistes o Cristo sendo suspendido na cruz, O QUE PENSAIS DELE? “Verdadeiramente ele era o Filho de Deus”.

7. Juliano, o apóstata – E vós Juliano que perseguistes os cristãos, que intentavas varrer da terra o Cristianismo. Vós que marchavas para a guerra contra os persas em 363 d.C., tão seguro da vitória e abusava dos soldados cristãos, o que pensais vós do Cristo? “Vencestes ó galileu”. – “o meu carpinteiro está fazendo um caixão para o seu imperador”.

8. John Lenon – E vós John Lenon que dissestes que os Beatles eram muito mais famosos do que Jesus Cristo e que dissestes que o Cristianismo passaria. O que pensais vós do Cristo. Os Beatles se separaram. John Lenon morreu e Jesus continua no Trono.

9. Um dia todos os inimigos de Cristo vão reconhecer que ele é o Senhor – Um dia Hitler dobrará os joelhos diante de Jesus Cristo, o nazareno. Da mesma forma Marx, Lenin, Stalin, Mao Tsé Tung, Fidel Castro, Lula.
B. O que os seus amigos pensam do Cristo 

1. João Batista, o precursor – E vós, João Batista, que sois o seu precursor, o que pensais do Cristo? “Ele é o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Ele é o Filho de Deus, o que batiza com o Espírito Santo”.

2. Pedro – E vós, que negastes o Cristo e por isso muito chorastes, o que pensais do Cristo? Vós que o vistes no Monte da Transfiguração, vós que fostes crucificado de cabeça para baixo, por vos achares indigno de ser morto como Jesus, o que pensais dele? “Ele é o Cristo, o Filho do Deus vivo” – “Só ele tem as palavras da vida eterna” – “Sim, o Jesus que foi crucificado, Deus o ressuscitou e o fez Senhor e Cristo” – “Agora não há salvação em nenhum outro nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos”.

3. João – E vós discípulo amado, que vos reclinastes no peito de Jesus, o que pensais dele? “Ele é o verbo que se fez carne” – “Ele é o Alfa e Ômega, o Rei dos reis, o Senhor dos senhores”.

4. Tomé – E vós Tomé, que andastes com Cristo, vistes os seus milagres, ouvistes os seus ensinos, mas duvidastes a princípio da sua ressurreição, quando ele se fez presente entre os discípulos, o pensais do Cristo? “eu me prostrei e adorei e disse-lhe: Senhor meu e Deus meu”.

5. Paulo – E vós Paulo, que antes perseguias a Cristo e sua igreja, que fostes convertido no caminho de Damasco, que dedicastes vossa vida para percorrer o mundo pregando o Evangelho, o que pensais vós do Cristo? “Ele é a minha vida. Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” – “Já não sou eu quem vive, mas Cristo é quem vive em mim” – Ele é a minha esperança – Ele é a minha vida – Ele é tudo em todos – Dele, por meio dele e para ele são todas as coisas. Ele é o Senhor – Deus o exaltou sobremaneira e deu-lhe o nome que está acima de todo nome para que ao nome de Cristo se dobre todo joelho no céu, na terra e debaixo da terra.

II. O TESTEMUNHO DO INFERNO 

1. Os demônios – E vós, demônios, que o tendes visto antes da vossa queda, que fostes expulso do céu, que andais oprimindo os homens, pervertendo os corações, fazendo estragos terríveis na história, O QUE PENSAIS VÓS DO CRISTO? “Apareciam gritando: Jesus Filho do Deus Altíssimo, viestes atormentar-nos antes do tempo?”. Para os demônios Jesus é o Filho de Deus, o Santo, Jesus é o atormentador dos demônios. Ele se manifestou para destruir as obras do diabo (1 Jo 3:8). Ele triunfou sobre o diabo e suas potestades na cruz. Ele os despojou e os expôs publicamente ao desprezo. Jesus é aquele que esmagou a cabeça da serpente. Jesus é aquele diante de quem todo joelho vai se dobrar no céu, na terra e no inferno.

2. Os perdidos e condenados que rejeitaram a Cristo – E vós, que a despeito de ouvirdes a mensagem da salvação rejeitastes a Cristo, O QUE PENSAIS VÓS DO CRISTO? Vão pedir: “Senhor, Senhor, abra-nos a porta.” Vão clamar, “Senhor refresca a minha língua porque estou atormentado nessas chamas”. Vão reconhecer tarde demais que Jesus é o único Salvador. Vão procurar fugir da presença e da ira do Cordeiro, vão desejar a morte, mas a morte não porá fim ao sofrimento deles. Serão banidos para sempre!

III. O TESTEMUNHO DO CÉU 

1. O testemunho do Pai – E vós, Deus Pai, O QUE PENSAIS DO CRISTO? 1) Ele é o meu Filho Amado, em quem me comprazo; 2) Ele é meu Filho amado, a ele ouvi. Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu um nome que está acima de todo nome. Ele é o herdeiro de todas as coisas. O Senhor do universo. O juiz de vivos e de mortos.
2. O testemunho do Espírito Santo – E vós, Espírito Santo, supremo consolador, O QUE PENSAIS VÓS DO CRISTO? Eu vim para o mundo para ser o outro consolador. Eu vos farei lembrar tudo o que ele vos disse. Eu vim para dar testemunho dele. Eu vim para glorificá-lo. Eu vos guiarei a toda a verdade. Jesus é a verdade. Eu vos convencerei do pecado para que possais crer em Cristo.
3. O testemunho do próprio Jesus – E vós, ó Cristo, O QUE PENSAIS DE VÓS MESMOS? Eu sou o pão da vida. Eu sou a luz do mundo. Eu sou a porta. Eu sou o bom pastor. Eu sou a ressurreição e a vida. Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Eu sou a videira verdadeira. Eu sou o Mestre e o Senhor. Eu e o Pai somos um. Eu sou o verbo que se fez carne. Eu sou o criador do universo, o salvador do mundo, o Messias prometido, o doador da água da vida, o perdoador de pecados, a única esperança da humanidade.
4. O testemunho dos anjos – E vós anjos que assistis diante do trono de Deus, O QUE PENSAIS VÓS DO CRISTO? Oh, Ele é o Salvador, o Cristo, o Senhor que nasceu em Belém. Ele ressuscitou dos mortos e não está mais no túmulo. Ele voltará do mesmo jeito que foi para o céu. “Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor” (Ap 5:12).
5. O testemunho dos remidos no céu – E vós, remidos de Deus, que já estais na glória, O QUE PENSAIS DO CRISTO? “Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no torno, e ao Cordeiro, pertence a salvação (Ap 7:9,10).

CONCLUSÃO 

Ou Jesus é o Filho de Deus, ou então ele foi um louco desvairado, porque dizendo-se santo, sem pecado, afirmou ser quem não era. Mas, o inferno, a terra e o céu nos comprovam que Ele é o Filho de Deus, o Salvador.
Agora, sendo ele o Filho de Deus, o único salvador, como você vai escapar se o rejeitar? Você não pode ficar neutro diante dele: Quem não é por ele, é contra ele.
Você gostaria hoje de recebê-lo como seu salvador e Senhor? Quer dobrar hoje os seus joelhos e render-se a ele? Hoje ele quer ser o seu Advogado, amanhã será o seu Juiz.
Hoje ele oferece descanso para a sua alma. Hoje ele lhe dá a água da vida. Hoje ele é o caminho para os seus pés, a verdade para a sua mente, a vida para a sua alma. Hoje ele quer reconciliar você com deus. Hoje seus braços estão abertos e ele lhe convida: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei”.

Você quer fazer isso agora?

Ilustração: O general Lee Wallace aconselhado por Robert Ingersoll para escrever um livro mostrando que Jesus era um mito. A medida que pesquisava, tornava-se cada vez mais atônito. Estava extasiado em descobrir que o Jesus de Nazaré era de fato o Filho de Deus. Certa madrugada, Wallace dobrou seus joelhos e recebeu a Cristo como Senhor da sua vida. Foi ao quarto onde estava sua esposa e ali choraram. Ela já orava por ele. Ele escreveu seu livro em 1880. O livro não apresentou Jesus como um mito. Seu livro? Bem Hur. O filme, baseado no livro recebeu em 1959 onze prêmios, um grande récorde.
E você vai se render hoje ao nome de Jesus?!