quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Baixas civis em Gaza: a verdade é muito diferente


 Um comandante militar do Hamas relata na TV palestina assista aqui) como as forças israelenses o alertaram com antecipação para que evacuasse sua casa antes que ela fosse bombardeada. Ele prossegue, descrevendo como, após o alerta, correu para juntar amigos, familiares e vizinhos no topo do edifício.



Escudos humanos palestinos aglomerados sobre edifícios a respeito dos quais a Força Aérea de Israel tinha dado avisos antecipados de bombardeio iminente.

Richard Kemp
Com raras exceções, repórteres, comentaristas e analistas aceitam sem questionamento as estatísticas sobre as baixas fornecidas pelas autoridades médicas controladas pelo Hamas em Gaza, que atribuem todas as mortes às Forças de Defesa de Israel (FDI). Nunca se vê um sinal de combatentes mortos ou feridos.
Análises dos detalhes sobre as baixas divulgados pela Al-Jazeera, com base no Qatar, indicam que a grande maioria daqueles que foram mortos em Gaza são homens jovens em idade de combate; não mulheres, crianças ou pessoas idosas.
A morte de todos os civis palestinos nesse conflito resulta, em última análise, da agressão dos terroristas de Gaza contra Israel, e do uso que o Hamas faz de escudos humanos -- a mais importante plataforma da política de combate do Hamas.
"Então, você está indo atrás de civis inocentes ou trata-se de incompetência, coronel Lerner?", pergunta a entrevistadora, tendo seu rosto contorcido pelo desprezo aparentemente reservado apenas para israelenses. Esse tom penetrante de desrespeito, proferido diante de um oficial americano ou britânico, alienaria os espectadores e, diante de um comandante árabe, provocaria acusações de racismo.
Esta linha de questionamento -- repetida diariamente nas redes da mídia -- trai uma ingênua e incompreensível disposição para crer, e encoraja os espectadores a crerem, na noção absurda de que as Forças de Defesa de Israel são comandadas e compostas de alto a baixo por psicopatas assassinos de crianças.
Sugerir que a incompetência militar seja a única explicação para as mortes de civis, além do deliberado assassinato em massa, revela uma ignorância de tirar o fôlego -- mas não surpreendente -- das realidades do combate.
Embora raramente tenham permissão para completarem uma única sentença, as tentativas dos israelenses de explicarem as políticas de alvejamento das FDI são inevitavelmente rejeitadas como mentiras deslavadas.
A verdade é muito diferente. As FDI têm desenvolvido as mais abrangentes e sofisticadas medidas para minimizar as mortes de civis durante os ataques contra alvos militares legítimos.
O uso obrigatórios de sistemas de inteligência multissensorial e de segurança, para confirmar a presença ou ausência de civis, precede os ataques em todos os alvos vistos do ar. Mensagens de texto, chamadas telefônicas e mensagens por rádio em árabe avisam os ocupantes para evacuarem aquela área. Folhetos são lançados do ar e incluem mapas mostrando onde estão as áreas de segurança. Quando os avisos são ignorados ou não são percebidos, aeronaves jogam explosivos não-letais para avisar a população que um ataque acontecerá em breve.
Somente quando pilotos e controladores do vôo têm certeza de que os civis estão fora do alvo é que é dada a autorização para atacar. Quando os pilotos usam munições dirigidas por laser, eles devem pré-designar áreas de segurança para onde desviar os mísseis que já foram disparados, caso apareçam civis repentinamente.
Forças de terra têm procedimentos de combate equivalentes, embora a natureza do combate no solo implica que este é mais direto e menos sofisticado. As discussões com os homens da infantaria das FDI, recém-chegados da fronteira com Gaza, confirmam, entretanto, que evitar a morte de civis está predominantemente em suas mentes, mesmo quando eles próprios estão debaixo de fogo.
Entrementes, de volta à segurança do estúdio, a visível fúria da entrevistadora contra o porta-voz das FDI sobrepuja a objetividade profissional: "Vocês ficam falando interminavelmente sobre todos os avisos que dão, mas o fato é que mataram mil e quinhentas pessoas, senda a maioria esmagadora composta por civis!".
Evidentemente o coronel não tem permissão para dar uma resposta adequada, que poderia ajudar os espectadores a entenderem a realidade da situação.
Com raras exceções, repórteres, comentaristas e analistas aceitam sem questionamento as estatísticas sobre as baixas fornecidas pelas autoridades médicas controladas pelo Hamas em Gaza, que atribuem todas as mortes às Forças de Defesa de Israel (FDI). Há alguém em Gaza morrendo de causas naturais? A execução em massa dos "colaboradores" e de civis mortos por mau funcionamento dos foguetes do Hamas, é sempre atribuída ao fogo das FDI.
Será que a "maioria esmagadora" dos mortos é mesmo composta por civis? Pareceria que sim. Vemos uma grande quantidade de filmes grotescos e aflitivos de mulheres e crianças mortas ou sangrando, mas nunca vemos nada sobre combatentes mortos ou feridos. Tampouco os repórteres questionam ou comentam sobre a completa ausência de mortes dentre os combatentes de Gaza, um fenômeno extraordinário, exclusivo desse conflito. A realidade é, logicamente, que o Hamas faz grandes esforços para esconder a morte de seus militantes para preservar a ficção de que Israel está matando somente civis. Há também crescentes indicações de que o Hamas, através de força direta ou de ameaças, está impedindo jornalistas de filmarem seus combatentes, estejam estes vivos ou mortos.
Não chegaremos à verdade enquanto a batalha não terminar. Mas sabemos que o Hamas deu ordens a seu povo para reportar todas as mortes como se fossem de civis inocentes. Sabemos também que o Hamas tem um sólido histórico de mentiras sobre baixas. Depois da Operação Chumbo Moldado, os combates de 2008-2009 em Gaza, as FDI estimaram que dos 1.166 palestinos mortos 709 eram combatentes. O Hamas, sustentado por várias ONGs -- afirmou que apenas 49 de seus combatentes haviam sido mortos, e que os restantes eram civis inocentes. Muito tempo depois, foi obrigado a admitir que as FDI tinham falado a verdade o tempo todo, e que entre 600 e 700 mortes haviam sido, de fato, dos combatentes. Mas a mídia de memória curta é incapaz de ponderar sobre isto antes de divulgar amplamente suas afirmativas erradas e inflamadas.
Análises dos detalhes sobre as baixas divulgados pela Al-Jazeera, com base no Qatar, indicam que a grande maioria daqueles que foram mortos em Gaza são homens jovens em idade de combate; não mulheres, crianças ou pessoas idosas. De acordo com um analista, a despeito de representarem 50% da população, a proporção de mulheres entre os mortos é de 21%.
Análises preliminares, feitas pelo Centro Meir Amit de Inteligência e Informações Sobre Terrorismo, sugerem que 71, ou seja, 46,7% dos primeiros palestinos mortos eram combatentes, e 81, ou seja, 53,3% eram civis não-envolvidos.
Nenhuma dessas análises é definitiva. Mas elas lançam dúvidas sobre as acusações de ataque indiscriminado contra a população pelas FDI e sobre as estimativas da ONU -- divulgadas amplamente como fato pela mídia e pelas não exatamente imparciais Nações Unidas -- de que 70% a 80% das baixas palestinas foram de civis.
Não obstante, tragicamente, muito civis inocentes foram mortos. Como isto aconteceu, se as medidas das FDI tinham como objetivo diminuir o número de tais mortes?
Comandantes das FDI dizem que nunca abrem fogo intencionalmente contra alvos nos quais civis não-envolvidos estão presentes, uma política que vai muito além das exigências da Convenção de Genebra. Esta política tem sido confirmada a mim por soldados no campo de batalha e por pilotos de F16 realizando ataques sobre Gaza.
Mas, erros acontecem. Vigilância e inteligência nunca são infalíveis. Tem havido relatos de que o Hamas força civis a voltarem para os prédios que foram evacuados. Às vezes, há efeitos inesperados dos ataques, por exemplo, quando desmorona um edifício adjacente, no qual havia civis, o que é freqüentemente causado por explosões secundárias das munições do próprio Hamas, armazenadas no local.
Erros podem ser cometidos na interpretação das imagens, na passagem de informações, e na entrada de dados sobre o alvo. [...] Às vezes, sistemas de direcionamento de armamentos funcionam mal e bombas, balas e mísseis podem atingir lugares que não deveriam. Mesmo os sistemas de comunicação mais avançados tecnologicamente podem falhar em momentos críticos.
Em nenhum lugar esses erros são mais freqüentes e catastróficos do que em combate no solo, onde os comandantes e os soldados experimentam o caos, o barulho, a fumaça, o medo, a exaustão, o choque, a mutilação, a morte e a destruição, que estão além da compreensão de nossa entrevistadora, em seu estúdio de TV com ar condicionado.
Esses erros e maus funcionamentos acontecem em todos os exércitos e em todos os conflitos. E, em todos os conflitos, os erros incluem a morte de soldados pelo fogo amigo. Será que aqueles que condenam a morte de civis palestinos como atos deliberados das FDI sugerem que os incidentes de fogo amigo em Gaza também são intencionais?
Contudo, é provável que a política israelense de não atacar alvos nos quais civis estejam presentes seja deliberadamente posta de lado em uma situação específica. Se as tropas estiverem debaixo de fogo letal a partir de uma posição do inimigo, as FDI têm direito de atacar o alvo mesmo tendo certeza de que civis serão mortos, sujeitos que estão às regras usuais de proporcionalidade.
Por definição, as vidas dos soldados israelenses estão colocadas em um risco maior pelas regras restritivas do combate com a intenção de minimizar as mortes de civis. Mas os comandantes no campo de batalha devem equilibrar suas preocupações pelos civis com a preservação das vidas de seus próprios homens e a efetividade da luta.
À parte dessas realidades, a morte de todos os civis palestinos nesse conflito resulta, em última análise, da agressão dos terroristas de Gaza contra Israel, e do uso que o Hamas faz de escudos humanos -- a mais importante plataforma da política de combate do Hamas.
Guardar armas e abrir fogo com elas dentro de áreas densamente povoadas, forçar civis a permanecerem num determinado lugar quando foram avisados para sair, atrair as forças israelenses para atacarem e matarem seu próprio povo, mostra que o número de vítimas palestinas é vital para a guerra de propaganda do Hamas, que tem por objetivo pressionar Israel e incitar o ódio contra Israel e anti-semita em todo o mundo.
Esta exploração doentia do sofrimento de seu próprio povo e a cumplicidade da mídia nessa exploração não poderia ser mais cinicamente demonstrada do que nas salas de emergência da Faixa de Gaza. Sem a menor consideração pela higiene necessária no salvamento de vidas, ou pelo cuidado, privacidade e dignidade dos feridos, os militantes palestinos empurram entusiasticamente as equipes de filmagem para dentro das salas de emergência à medida que os cirurgiões, desesperados, lutam para manter a vida de uma criança ensangüentada. (Richard Kemp - www.gatestoneinstitute.org - http://www.beth-shalom.com.br)
O coronel Richard Kemp passou a maior parte de seus 30 anos de carreira no Exército Britânico comandando tropas na frente de combate em luta contra o terrorismo e a insurgência em focos de crise, incluindo o Iraque, os Bálcãs, o Sul da Ásia e a Irlanda do Norte. Ele foi comandante das Forças Britânicas no Afeganistão em 2003. De 2002 a 2006, dirigiu o grupo de contra-terrorismo internacional na Comissão de Inteligência do Gabinete do Primeiro-Ministro

quarta-feira, 16 de abril de 2014

JERUSALÉM


Há cidades no mundo atual que são reconhecidas por sua localização estratégica, seu grande tamanho, seu clima e recursos naturais, ou seu potencial e sua capacidade industrial e manufatureira. Jerusalém não tem nenhuma dessas vantagens para recomendá-la. Mas não existe outra cidade no mundo que seja mais conhecida e mais amada por tantas pessoas de nacionalidades e crenças diversas. E, certamente, não existe outra cidade de maior importância para a paz mundial.
Não é necessário discutir que a paz do mundo depende da paz de Jerusalém. Esse incrível fato é reconhecido pelas Nações Unidas, pois o maior esforço é feito por seus membros para encontrar alguma maneira de alcançar uma paz justa e duradoura entre árabes e judeus na Palestina – e um progresso significativo foi aparentemente feito. Até hoje, no entanto, a questão de Jerusalém ainda pende na balança e será o fator decisivo. Jerusalém é, na realidade, única entre as cidades mundiais tanto em relação à sua história como ao seu impacto presente e futuro no resto do mundo.
Única? Sim, sem dúvida essa cidade desgastada pelo tempo se mantém solitária, numa categoria própria. Ao contrário de qualquer outro lugar na terra, Jerusalém sozinha é isolada e seu papel notável no destino mundial (muito evidente hoje) está expresso claramente através da Bíblia tanto nos registros históricos como nas afirmações proféticas. As citações proféticas neste artigo são poucas entre as 811 vezes que Jerusalém é mencionada nas Escrituras.

Uma Explicação Absurda?

Essa miríade de referências oferece uma explicação aparentemente absurda para a posição surpreendente de Jerusalém no cenário mundial de hoje, uma posição que jamais poderia ser de qualquer outra cidade e que até a maioria dos atuais habitantes de Jerusalém não acredita pertencer a ela. Como é que aquela que deveria ser apenas mais uma cidade aparentemente comum (ou até mesmo obscura) do Oriente Médio poderia alcançar tal posição? Se palavras têm algum significado, os profetas bíblicos declaram inequivocamente e com voz ressoante, século após século, que Jerusalém é “a cidade de nosso Deus”, escolhida por Ele para desempenhar um papel especial no destino humano. Desafiamos o leitor a encontrar qualquer outra justificativa para a singularidade de Jerusalém.
Tal afirmação é geralmente rejeitada de modo sumário hoje em dia, e por várias razões. Existem aqueles que desconsideram qualquer crença em Deus e que ridicularizam a Bíblia como sendo uma coleção de mitos. Quão irônico que uma alta porcentagem dos habitantes daquela que a Bíblia designa como “a cidade do nosso Deus” aleguem ser ateus! Como tais, porém, eles não podem negar o papel extraordinário de Jerusalém nos assuntos mundiais nem podem apresentar uma teoria para explicá-la.
Outras pessoas, enquanto alegam algum interesse religioso e tolerância, são todavia cautelosas em levar a Bíblia “muito ao pé da letra”. E até mesmo os literalistas, às vezes, discordam entre si a respeito do que as passagens proféticas da Bíblia realmente significam. Para aumentar a confusão, um grande número de evangélicos está aceitando a antiga opinião católica de que a Igreja substituiu os judeus como povo de Deus. O Estado de Israel é, portanto, visto por muitos como uma criação ilegítima de um sionismo mal direcionado e irritantemente zeloso que teve sorte no momento exato na história.
A maioria dos judeus de hoje considera a existência de Israel como resultado de sorte fortuita combinada com sangue, suor, e lágrimas ao invés do cumprimento de profecia (na qual quase ninguém mais acredita). Para os árabes, é claro, a sugestão de que Deus prometera a Palestina aos judeus e está agora cumprindo essa promessa é absurda. Para os muçulmanos fundamentalistas isso é blasfêmia. Apesar das palavras Palestina e Canaã não aparecerem no Corão, o Islã ensina que essa terra não pertence aos judeus, mas aos árabes. Por isso a própria existência de Israel e, acima de tudo, o seu controle sobre Jerusalém são insultos intoleráveis ao Islã. Somente com a expulsão dos judeus da Palestina é que a honra árabe pode ser restaurada.
Apesar dos árduos esforços militares dos árabes, utilizando a superioridade numérica impressionante de força humana e de máquinas, e contando com o apoio da ex-União Soviética, a pequena nação de Israel não só sobreviveu, mas na verdade tem se tornado cada vez mais forte.

Porém, apesar dos árduos esforços militares dos árabes, utilizando a superioridade numérica impressionante de força humana e de máquinas, e contando com o apoio da ex-União Soviética, a pequena nação de Israel não só sobreviveu, mas na verdade tem se tornado cada vez mais forte. A superioridade da máquina bélica israelita é um fato fascinante e bem estabelecido que acabou forçando os árabes a negociar. E não importa a objeção que os céticos façam, o fato de que (precisamente como a Bíblia previu) a paz do mundo inteiro está ligada ao futuro de Jerusalém não pode ser negado. Tampouco existe uma explicação razoável ou uma refutação lógica dessa situação realmente inconcebível.

Um Racionalismo Religioso?


Alguns céticos têm proposto, como uma justificação puramente racional, a atração espiritual irresistível que essa “Cidade Santa” exerce sobre metade da população mundial. Ela é venerada por cerca de 1 bilhão de muçulmanos, 1 bilhão de católicos romanos, 400 milhões de devotos ortodoxos, e 400 milhões de protestantes. Mas o fato em si apenas cria mais dúvidas e aprofunda o mistério do caráter surpreendente de Jerusalém.

Por exemplo, Jerusalém não é mencionada sequer uma vez no Corão – uma omissão um tanto gritante se ela é mesmo tão sagrada para o Islã como os muçulmanos de hoje crêem. Houve até mesmo uma tentativa frustrada no início do Islã (por razões comerciais) de fazê-la o centro da adoração muçulmana, mas essa tentativa foi rapidamente rejeitada pelo mundo muçulmano. O historiador Will Durant escreve:

Em 684, quando o rebelde Abdullah ibn Zobeir controlou Meca e recebeu os impostos de seus peregrinos, Abd-al-Malik, ansioso por atrair um pouco dessa renda sagrada, decretou que a partir de então essa rocha [onde Abraão havia oferecido Isaque e o templo havia se situado em Jerusalém] deveria substituir a Caaba [em Meca] como o objeto da peregrinação sagrada. Sobre aquela rocha histórica seus artesãos ergueram [em 691] no estilo sírio-bizantino o famoso “Domo da Rocha”, que logo passou a ocupar o terceiro lugar entre as “quatro maravilhas do mundo muçulmano...”
O plano de Abd-al-Malik de fazer esse monumento substituir a Caaba fracassou; se tivesse tido sucesso, Jerusalém teria sido o centro de todas as três religiões que competiram pela alma do homem medieval. Mas Jerusalém não era nem a capital da província da Palestina [sob os árabes]...1

Durante os séculos em que Jerusalém esteve sob completo controle árabe, nenhum governador árabe ou líder islâmico jamais a fez o objeto da peregrinação religiosa – novamente uma estranha indiferença pela cidade que agora é considerada o terceiro local religioso mais sagrado no Islã, depois de Meca e Medina. Nós somos confrontados com uma questão óbvia: como e por que o status de Jerusalém mudou tão dramaticamente nos tempos modernos? O fato da enorme rocha achatada dentro do Domo ter sido o local do sacrifício de Isaque por Abraão e também do Templo não foi o suficiente para mover a alma muçulmana. Ela tinha que ser o cenário de um mito associado com Maomé para estimular tal sentimento.

Uma Incoerência Muçulmana


A importância de Jerusalém na concepção popular dos muçulmanos de hoje é derivada da crença de que dentro do Domo na Rocha fica o local sagrado de onde Maomé supostamente subiu ao céu. Essa tradição, no entanto, apesar de agora estar firmemente estabelecida na mente muçulmana, é de origem recente. Ela é, na verdade, uma fantasia inventada pelo tio de Yasser Arafat, Haj Amin el-Husseini, antigo Grão-Mufti de Jerusalém. Ele promoveu esse mito nas décadas de 1920 e 1930 para incitar o sentimento árabe contra a crescente presença judaica em Jerusalém e para justificar a localização do Domo da Rocha no local do Templo.
A importância de Jerusalém na concepção popular dos muçulmanos de hoje é derivada da crença de que dentro do Domo na Rocha fica o local sagrado de onde Maomé supostamente subiu ao céu. Essa tradição, no entanto, apesar de agora estar firmemente estabelecida na mente muçulmana, é de origem recente.

É evidente que tal idéia não era a verdadeira razão para a construção desse monumento ao Islã por Abd-al-Malik em 691, pelo fato de que o único verso do Corão (Sura 17:1) que faz alusão a esse suposto evento, como é afirmado agora, não é encontrado entre os versos do Corão que estão inscritos dentro do Domo. A ausência dessa passagem-chave do Corão explica tudo. Obviamente a interpretação agora dada a esse verso era desconhecida antigamente, e com boa razão. O fato é que qualquer leitura normal do verso, utilizando o significado normal das palavras, é incapaz de sugerir a tradição de Maomé ter visitado aquele local e de lá ter sido levado para o céu. O Corão não diz nada disso, mas sua simples afirmação foi distorcida e se tornou uma tradição islâmica atualmente aceita. Aqui está o verso:

Glorificado seja Ele que carregou Seu servo à noite do Inviolável Lugar de Adoração para o Lugar Distante [al-Aqsa] de Adoração, cuja vizinhança Nós abençoamos, para que Nós apresentemos a ele Nossas ofertas! Eis que Ele, e só Ele, é Quem ouve, e Quem vê.

O comentário que o acompanha diz que o “Inviolável Lugar de Adoração” é Meca e que o “Lugar Distante de Adoração” é Jerusalém. O primeiro é, com certeza, verdade, porque Meca desfrutou dessa posição desde o princípio. O outro, porém, não tem fundamento porque Jerusalém nunca havia sido cenário de adoração islâmica até essa época, nem o seria pelos próximos séculos. Como já notamos, Jerusalém não é mencionada pelo nome no Corão, nem nesse verso nem em qualquer outro lugar. Então, como poderia ser um lugar de oração para o muçulmano que nunca foi direcionado a ela?

Obviamente, o magnífico Domo na Rocha foi erguido naquele local em particular não somente numa tentativa de Abd-al-Malik de obter recursos potencialmente vastos dos peregrinos, mas também para impedir que os judeus algum dia reconstruíssem o Templo. Sem dúvida pensou-se que, sem aquela estrutura sagrada, os judeus não teriam razão para se reunirem novamente em Jerusalém. Assim, há mais de um milênio, estava pronto o cenário para um conflito futuro que hoje ameaça a todos nós com uma Terceira Guerra Mundial – uma guerra por causa de Jerusalém, uma guerra da qual a Terra provavelmente jamais se recuperará.

Internacionalização de Jerusalém


O fato de Jerusalém ser singular é atestado ainda mais porque a maioria das nações do mundo de hoje quer que ela esteja sob controle internacional. O Vaticano até exigiu a internacionalização de Jerusalém durante o debate da ONU em 1947 a respeito da divisão da Palestina. Nenhum desejo semelhante é expresso ou sequer faz sentido para outras cidades, então por que seria imposto a Jerusalém? Isso não é razoável e não tem precedente. No entanto, até agora as nações do mundo concordam entre si que Jerusalém não pode ser a capital de Israel, apesar de Israel ter designado e situado seu Knesset (Parlamento) ali em 1980. O resto do mundo já ditou a uma nação onde ela poderia ou não estabelecer sua capital? Então, por que o fazem a Israel? Certamente governos seculares não crêem no que a Bíblia diz sobre Jerusalém, então porque eles consideram essa pequena e isolada cidade do Oriente Médio tão especial?

Para termos uma comparação, considere o caso da Alemanha Oriental. Quando aquele país derrotado, desafiando o acordo de Potsdam, designou Berlim Oriental como sua capital, as nações consentiram imediatamente sem qualquer murmúrio de protesto. Não com Jerusalém. Não há nenhum acordo internacional que dê a outras nações qualquer controle de Jerusalém. Porém ela é tratada como se pertencesse não a Israel, mas ao resto do mundo.

Na verdade, as maiores potências do mundo, no que aparentemente é um acordo não-escrito entre elas, determinaram que um dia Jerusalém será um centro mundial de “paz” sob controle internacional. Não é coincidência que o Vaticano teve um papel principal nesse programa e recentemente alcançou o favor de Israel para buscar esse estranho propósito. O fato de Jerusalém ser a chave da paz mundial é óbvio demais para ser discutido. Mas o fato de que Jerusalém, dentre todas as cidades do mundo, desempenhe tal papel não faz sentido, a não ser que se aceite o que a Bíblia diz sobre ela.
Como outras nações, os Estados Unidos, apesar de terem apoiado Israel, no entanto colocaram sua embaixada não em Jerusalém mas em Tel Aviv, ao contrário dos desejos de Israel.

Como outras nações, os Estados Unidos, apesar de terem apoiado Israel, no entanto colocaram sua embaixada não em Jerusalém mas em Tel Aviv, ao contrário dos desejos de Israel. Até a mídia mundial acompanha essa negação aberta a Israel de dirigir seus próprios assuntos. Por exemplo, de maneira arbitrária e desafiando a lógica, a BBC e outras emissoras européias de rádio e televisão habitualmente se referem a Tel Aviv como a capital de Israel, uma distorção inexplicável dos fatos que persiste como uma espécie de conspiração mundial gigante. Num recente programa de perguntas na televisão alemã, Tel Aviv foi considerada a resposta correta para a pergunta sobre a localização da capital de Israel. Quão frustrante para Israel que a capital que escolheu não seja considerada como tal pelo resto do mundo!
Só se pode perguntar novamente: “Por que esse tratamento sem precedentes para Jerusalém?” O que a faz tão especial? Por que ela tem tanta importância para todas as nações? Só a Bíblia oferece uma explicação razoável. Se a resposta bíblica para essa questão é rejeitada, então nenhuma outra resposta racional pode ser encontrada. Sua significância religiosa, como já vimos, não é suficiente para explicar completamente a singularidade de Jerusalém, uma singularidade que tem significância totalmente irracional para as potências seculares mundiais. Por que um mundo que não crê nas promessas da Bíblia a respeito de Jerusalém, mesmo assim trata essa cidade como se o que a Bíblia diz é verdade?

Uma Traição nos Bastidores?

Surpreendentemente, os líderes de Israel estavam envolvidos numa considerável intriga de bastidores para concretizar o controle internacional – negociações que equivaliam a uma traição à sua nação. De acordo com o boletim de inteligência Inside Israel, o ex-ministro do Exterior, Shimon Peres, enviou uma carta para Yasser Arafat em outubro de 1993, “comprometendo Israel a respeitar instituições governamentais da OLP em Jerusalém.” Após Peres ter negado a existência da carta, finalmente foi admitido que ela fora enviada. Essa confissão relutante foi seguida por uma revelação ainda mais perturbadora. Mark Halter, um amigo chegado de Peres, “disse ao semanário israelense Shishi que em maio [de 1994] ele entregou uma carta de Peres ao papa que descrevia os planos do então ministro do Exterior em relação a Jerusalém. De acordo com Halter, ‘Peres ofereceu entregar o governo da Cidade Antiga de Jerusalém ao Vaticano’.”
De acordo com o plano secreto (e para a maioria dos israelenses, inimaginável), a cidade teria tanto um prefeito israelense como um palestino, ambos sob a autoridade do Vaticano. O Vaticano deixou claro que considera os locais religiosos em Jerusalém sagrados demais para estarem sob o controle de autoridades locais. Ele quer carregar sobre seus próprios ombros essa responsabilidade e, aparentemente, Peres estava disposto a permitir isso. Num acordo aparente com o Vaticano, os “líderes da comunidade cristã” em Jerusalém entregaram ao governo israelense no final de 1994 um documento não-publicado que também aclamava a internacionalização de Jerusalém.2 Numa tentativa aparente de assegurar a todos os lados que trataria do assunto imparcialmente, o Papa João Paulo II declarou numa entrevista exclusiva para a revista Parade no começo de 1994:
Nós acreditamos que, com a aproximação do ano 2000, Jerusalém se tornará a cidade de paz para todo o mundo e que todas as pessoas poderão se reunir ali, principalmente os fiéis das religiões que encontram sua herança na fé de Abraão [obviamente incluindo os muçulmanos].3
 Jerusalém será o centro religioso do mundo sob o  domínio do anti-cristo.

Outras revelações confidenciais indicam que Jerusalém deveria tornar-se o “segundo Vaticano do mundo”, com todas as três religiões principais operando ali, como o Papa insinuou, sob a autoridade de Roma. Um Estado palestino surgiria em aliança com a Jordânia, com sua capital religiosa em Jerusalém, mas tendo sua capital administrativa em outro lugar, possivelmente Nablus. O Ministério de Relações Exteriores de Israel justificou essa aparente traição prometendo que os novos laços de Israel com o mundo católico iriam levar ao comércio, turismo, e prosperidade e que um governo católico de Jerusalém daria uma mão forte para a rápida solução de futuras disputas entre judeus e árabes. Um pronunciamento vindo da Jordânia no final de 1994 pareceu confirmar o que foi declarado acima:
A Jordânia renunciou na semana passada às suas ligações religiosas com a Judéia, Samaria e Gaza, mas reteve suas reivindicações religiosas com respeito a Jerusalém... Relações entre a Jordânia e a Autoridade Nacional Palestina (AP) se desgastaram após a assinatura de uma declaração jordaniano-israelense em 25 de julho, na qual Israel reconhecia um papel especial da Jordânia quanto aos locais muçulmanos de Jerusalém...
Em Jericó, o ministro de Relações Islâmicas da AP recebeu com prazer a decisão da Jordânia de cortar suas relações religiosas com os territórios.4


Na Conferência de Cúpula de Washington que se seguiu, o [entrementes falecido] rei Hussein da Jordânia, esperando defender o seu direito ao controle jordaniano dos locais sagrados de Jerusalém, declarou que “só Deus tem o direito de decidir quem será dono do Monte do Templo e de Jerusalém.” Como um comentarista judeu afirmou, no entanto, “Ele está certo, é claro. Mas a questão então se torna, Deus de quem? Pois... o Alá de Hussein não menciona Jerusalém nem uma vez no Corão, enquanto a Bíblia hebraica e o Novo Testamento se referem ambos à cidade mais de 800 vezes. O Deus de Israel já exerceu Seu direito de decidir. E Ele deu Jerusalém aos judeus como sua herança eterna... [um fato que] desafia a insidiosa teologia ‘interconfessional’ que iguala Deus ao Alá do Islã.”5

O mesmo escritor, ao comentar um livro recente de Eliyahu Tal intitulado Whose Jerusalem? (Jerusalém de Quem?), acusa os “possíveis redivididores” de Jerusalém de terem “a intenção de arrancar o próprio coração da alma judia.” Sua resenha apresenta a essência de um livro convincente:

Tal fala sem rodeios. E para aqueles que ainda escolhem legitimidade histórica ao invés das reivindicações dos xiitas iranianos, árabes palestinos, hachemitas, marroquinos e árabes sauditas, inspiradas pelo Islã, e ‘lubrificadas’ com petróleo, a informação reunida em Whose Jerusalem? oferece uma base sólida com a qual rebater os apelos cada vez maiores para a redivisão de Jerusalém, ou sua rejeição como a capital exclusiva do Estado judeu...
Apenas os judeus viveram e morreram por séculos na esperança de serem fisicamente restaurados a esta cidade. Só quando um rei judeu reinava aqui é que a Shechinah (glória de Deus) brilhava visivelmente em Jerusalém, e, portanto, foi somente para os judeus que a própria cidade tem sido santa por todos esses anos.”6

A Sinceridade Ameaçadora de Arafat


Jerusalém parece ter uma importância singular, também, no programa de Deus dos eventos dos últimos dias. Jesus declarou: “Até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles” (Lucas 21.24). Será que a tomada de Jerusalém pelos judeus em 1967 marcou o fim da era gentílica e trouxe Israel de volta ao centro do palco no programa de Deus? Se assim for, Jerusalém deve continuar em mãos judias até Armagedom. Isso não significa, porém, que a batalha pelo controle de Jerusalém terminou. Na verdade, sem dúvida, ela se intensificará à medida que a revelação do Anticristo se aproxima.

Essa batalha certamente já está esquentando. No começo de 1994, num discurso numa mesquita de Johannesburgo, Yasser Arafat pediu a jihad (guerra santa) contínua por parte dos árabes para retomar Jerusalém. Quando o conteúdo de seu discurso, obviamente direcionado apenas aos ouvidos árabes, tornou-se de conhecimento público, criou um distúrbio compreensível no ambiente governamental israelense. Arafat tentou disfarçar sua afirmação dizendo que jihad também significa um confronto pacífico.

Não existe, no entanto, tal conceito no Corão; e “confronto pacífico” certamente não foi nem ensinado nem praticado por Maomé. Na verdade, outra afirmação naquele discurso de Arafat não deixa nenhuma dúvida da sua intenção: “Esse acordo [entre a OLP e Israel], eu não o considero mais que o acordo que foi assinado entre nosso Profeta Maomé e os Quraish.” Essa referência foi ameaçadora.

Os Quraish, a própria tribo de Maomé, controlava Meca mas não com poder suficiente para aguentar a crescente força militar de Maomé. Então seu povo assinou um tratado de paz com Maomé, que, por pretexto, o Profeta quebrou dois anos mais tarde, matando os líderes dos Quraish e conquistando Meca. Assim, Arafat estava dizendo que o acordo da OLP com Israel é apenas um passo na declarada conquista de Israel, a ser quebrado bem facilmente e, com a consciência bem tranqüila, na medida em que o próprio Maomé deu o exemplo de traição justificável. O analista israelense Moshe Zak escreveu:

Não foram mentiras ou estupidez que caracterizaram as afirmações de Arafat em Johannesburgo, mas uma estupenda sinceridade. Suas declarações diretas e claras lembravam Mein Kampf (Minha Luta), no qual o autor [Hitler] foi direto a respeito de seus planos, de tal forma que seus adversários não o levaram a sério. Todos nós sabemos agora que ao se tornar realidade o programa satânico de Hitler já era muito tarde para pará-lo.
Arafat não deixou escapar segredos em Johannesburgo: ele aproveitou sua convocação para uma jihad e citou o acordo de Maomé com a tribo Quraish para testar a sua tese de que Israel iria engolir isso também.
O líder da OLP tinha certeza de que os protestos israelenses fortaleceriam sua posição entre seu próprio povo – pois ele jamais poderá dar a impressão de estar cooperando com Israel contra o Hamas e o Jihad Islâmico [dois importantes grupos terroristas]. Sua retórica sobre uma guerra santa para libertar Jerusalém foi criada para remover toda suspeita de tal cooperação...
Seja qual for a interpretação das afirmações de Arafat, uma coisa é certa: as massas palestinas entendem sua mensagem sobre uma guerra santa para libertar Jerusalém.7

Não se engane: O mundo terá guerra ou paz dependendo do que acontecer na “cidade de nosso Deus.” Na verdade, nós sabemos o que acontecerá ali porque a Bíblia profetizou isso com muitos detalhes. Vamos nos referir a essas profecias nas próximas páginas.

Gostando ou Não


Será mera coincidência que Jerusalém, a chave atual da paz mundial, foi originalmente chamada Salem, que significa “paz”?

Será mera coincidência que Jerusalém, a chave atual da paz mundial, foi originalmente chamada Salem, que significa “paz”? Ela foi governada naqueles antigos dias por uma das figuras mais enigmáticas na história: Melquisedeque, rei de Salem. Ele aparece subitamente do nada nas páginas das Escrituras, depois desaparece. Esse era território pagão, mas Melquisedeque era “o [não um] sacerdote do Deus Altíssimo” (Gênesis 14.18; cf. Hebreus 7.1). Abraão, conhecido como “o amigo de Deus”, admirava Melquisedeque como alguém maior que ele mesmo, honrou-o com uma oferta, e aceitou sua bênção (Gênesis 14.19,20; Hebreus 7.1,2).

Conversando com Deus, Salomão chamou Jerusalém de a cidade que tu escolheste...” (1 Reis 8.44). Jerusalém, com o seu destino profético pronto para atingir força total, apresenta uma mensagem clara para o mundo: a humanidade não é o produto do acaso e de forças evolucionárias cegas. Nada no universo, nem a própria energia nem as míriades de formas em que se manifesta, pode ser explicado pelo acaso. Claramente as leis da física e química não iniciaram seu controle organizado sobre a matéria mas foram criadas por um Legislador; e tão obviamente quanto isso, o átomo e a célula viva, com sua organização e função incompreensíveis, só poderiam ter sido criados e concretizados por um Criador infinito. Em concordância com o universo que a cerca, Jerusalém declara ao mundo que a humanidade tem um lugar especial na criação de Deus e que um destino glorioso espera aqueles que reconhecerem e obedecerem ao Deus de Israel que escolheu Jerusalém como Sua cidade.

Se alguém gosta das implicações ou não, permanece o fato de que o papel, racionalmente inexplicável, desempenhado por Jerusalém foi profetizado na Bíblia milhares de anos atrás. E se alguém gosta das implicações ou não, permanece também o fato de que essas profecias bíblicas oferecem a única explicação racional para o lugar singular de Jerusalém no cenário mundial de hoje. Os fatos permanecem por si sós, e não podem ser refutados apesar de muitos israelenses e sionistas rejeitarem seu sabor milagroso.

Sem a Bíblia não é possível fazer sentido da história humana. Nós nos deparamos com apenas duas escolhas: ou a humanidade é simplesmente um acidente, que aconteceu em um dos bilhões de planetas (e se aqui, talvez em outros espalhados pelo cosmo), ou fomos criados por Deus para Seus próprios propósitos. É só o Deus da Bíblia que dá propósito e significado à Sua criação, e Ele decretou que Israel terá um papel importante em Seu plano.

Jerusalém! Ela é diferente de qualquer outra cidade na terra. Ela fica no centro da história e no próprio coração dos propósitos de Deus para este planeta e todos os seus habitantes. Essa é a “Cidade de Deus”, onde Deus escolheu colocar Seu nome e para a qual Ele dará a última palavra. Quer goste ou não, o mundo inteiro não pode escapar das implicações dessa escolha. (Dave Hunt - http://www.chamada.com.br)

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

A RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO EM JERUSALÉM



O Arrebatamento da Igreja é o próximo evento importante na cronologia de Deus relacionada às atividades proféticas. Já não há mais profecias a serem cumpridas antes que ocorra o Arrebatamento. Ele é iminente, isto é, pode acontecer a qualquer momento. Na verdade, não existe nada, a não ser a graça longânima e a misericórdia de Deus, que possa impedi-lo de ocorrer imediatamente.

No entanto, embora não existam sinais para o Arrebatamento, há pelo menos um importante indicador de que ele está próximo, às portas. Esse indicador é a situação em que se encontram os preparativos para o próximo Templo Judeu a ser construído no monte do Templo, em Jerusalém.

O rabino Nachman Kahane, um rabino líder em Jerusalém, nascido em 1937, crê que um Templo será construído no monte do Templo enquanto ele ainda estiver vivo; e ele diz que tudo está pronto para que o Templo seja construído ainda hoje.

O mundo conheceu apenas dois Templos Judeus: o Primeiro, construído no monte do Templo pelo rei Salomão, durou 390 anos, antes que os babilônios o destruíssem no ano 586 a.C. O Segundo, construído depois do Cativeiro na Babilônia, no mesmo local (Ed 2.68; Ed 6.7), permaneceu durante 585 anos, antes de ser destruído pelos romanos no ano 70 d.C. O cenário dos tempos do fim na Palavra Profética de Deus anuncia que haverá um Templo Judeu quando o Anticristo reinar sobre o mundo.

O rabino Kahane treinou todos aqueles que estão na liderança desse esforço para a reconstrução; e foram seus alunos que deram início ao Instituto do Templo, em 1987, no bairro judeu na Cidade Velha de Jerusalém. O Instituto tem treinado homens para o serviço no Templo e acumulado todos os implementos necessários para o Templo, inclusive a mesa da proposição, o altar do incenso, e a menorá de ouro. A menorá, atualmente em exposição em frente à praça do Muro Ocidental em Jerusalém, é recoberta com aproximadamente 45 quilos de puro ouro e seu valor é de cerca de 2 milhões de dólares americanos.

Muitos acham que a menorá original, um candelabro com sete hastes, foi levada para Roma depois que o Segundo Templo foi destruído, porque um alto-relevo no Arco de Tito em Roma parece retratar exatamente isso. A menorá original pode ainda estar em Roma. O Instituto do Templo a reconstruiu meticulosamente.

Além disso, o Instituto do Templo também crê saber a localização da Arca da Aliança, que foi vista pela última vez no Templo de Salomão. Dois rabinos e um ativista judeu, todos trabalhando em atividades da reconstrução do Terceiro Templo, dizem já ter estado no local.

 Outras atividades


O Instituto tem treinado homens para o serviço no Templo e acumulado todos os implementos necessários para o Templo, inclusive a mesa da proposição, o altar do incenso, e a menorá de ouro (na foto)

O rabino Yehuda Glick, presidente da Temple Mount Heritage Foundation (Fundação da Herança do Monte do Templo), guia excursões de judeus ao monte do Templo para aumentar a familiaridade com este que é o mais sagrado de todos os sítios judeus, antes que o próximo Templo seja construído. Há alguns anos, ele levou a uma excursão educativa um grupo de 10 soldados pára-quedistas das Forças de Defesa de Israel (FDI). Este foi um marco, por se tratar da primeira vez que tropas da FDI uniformizadas estiveram no monte do Templo em uma década.
Os pára-quedistas, disse o rabino Glick, têm um “relacionamento especial” com o monte do Templo. Eles tomaram aquela elevação para Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, o que levou à reunificação de Jerusalém.
Embora o monte do Templo seja o mais sagrado sítio do judaísmo, o povo judeu não tem permissão para orar ali, nem para subir nele em grandes grupos, porque ele é controlado pelo Waqf muçulmano. Israel deu ao Waqf o controle como um gesto de boa vontade depois da reunificação da cidade em 1967.
O rabino Glick está convocando o povo judeu para se unir e fazer todo esforço possível para visitar esse local sagrado e se concentrar em reconstruir o Templo. Durante vários anos, ele dirigiu os esforços do Instituto do Templo no sentido de se prepararem para a reconstrução.
Os Fiéis do Monte de Templo, de Gershon Salomon, têm uma pedra fundamental pronta para quando for dado início à construção. Diz-se que ela foi consagrada com água do poço bíblico de Siloé e cortada com diamantes.
Perto de Jericó, no vale do rio Jordão, um centro de treinamento educa homens, que crêem ser da tribo de Levi e da família sacerdotal, sobre como servir no próximo Templo. Nos últimos 25 anos esse centro já treinou milhares vindos de todas as partes do mundo. Muitas das vestes sacerdotais estão preparadas e guardadas. O rabino Kahane, que recebeu o primeiro conjunto de vestes sacerdotais, o guarda em seu armário, pronto para ser vestido imediatamente. Foram anos de pesquisa para se confeccionarem essas vestes:
Fibras de linho especiais foram importadas da Índia e muitas viagens ao exterior foram necessárias para se obter as cores corretas para as roupas. Emissários chegaram a ir a Istambul, para comprar os casulos das montanhas, dos quais se extrai o correto tom de carmesim. O segredo do tom certo de azul ficou perdido desde a destruição do Segundo Templo, até que a organização não-lucrativa Ptil Tekhelet o identificou como sendo o murex trunculus, ou hexaplex trunculus, o molusco corante listrado que se encontra nas proximidades do mar Mediterrâneo.[1]
Além disso, as 4.000 harpas necessárias para os levitas tocarem as músicas do Templo, como foi requerido pelo rei Davi em 2 Crônicas 23.5, estão perto de serem completadas pelos artífices da Casa de Harrari.
O rabino Yoel Keren acredita que o Terceiro Templo será construído seguindo os detalhes descritos em Ezequiel 40-46; mas primeiro o povo judeu construirá uma estrutura menos extravagante, como fez quando o Segundo Templo foi edificado 2.500 anos atrás.

O que está por vir

O cenário do final dos tempos na Palavra de Deus exige que um Templo Judeu esteja erigido quando o Anticristo governar o mundo. Ele o profanará e o povo judeu será forçado novamente a deixar o Templo porque se manterá fiel a Deus e se recusará a adorar o Anticristo (Dn 9.27).
Em Seu Sermão no monte das Oliveiras (Mt 24-25), Jesus confirmou a profecia de Daniel. Ele chamou a profanação de “o abominável da desolação” e disse que ela ainda não havia acontecido (Mt 24.15).
Algum dia, o Messias, Jesus, voltará para Jerusalém e construirá Seu Templo nesse pedaço de terra (Zc 1.16; Zc 6.12); e, a partir desse Templo do Milênio, Ele governará o mundo (Zc 6.13). Esse templo é descrito em detalhes vívidos e precisos em Ezequiel 40-46. Nada que tenha sido construído até agora se encaixa na descrição de Ezequiel. Nem o Tabernáculo, nem o Primeiro Templo edificado pelo rei Salomão, nem mesmo o Segundo Templo que foi dedicado por Zorobabel e magnificamente restaurado por Herodes o Grande. Sequer a estrutura desenhada na prancha de projetos de hoje será aquele Templo; essa estrutura será o Templo da Tribulação; que deverá estar em funcionamento na metade do período de sete anos que se denomina “tempo de angústia para Jacó” (Jr 30.7).
Existe um obstáculo principal para a construção do Terceiro Templo: a edificação muçulmana cuja cúpula é coberta de ouro, o Domo da Rocha, que ocupa o monte do Templo. Não é uma mesquita, mas um edifício islâmico.
Algumas pessoas sugerem que um Templo Judeu poderia existir ao lado do Domo da Rocha, ambos partilhando do monte do Templo. Mas, falei com muitos líderes do movimento para a reconstrução que crêem que o Domo da Rocha terá que ser removido. Quando lhes perguntei como eles planejam fazer isso acontecer, disseram que não planejam. Eles pensam deixar esse detalhe para o Messias, mas querem estar prontos para começar a construção quando Ele abrir o caminho.
Você está preparado para o Arrebatamento da Igreja? Se está, viva pura e produtivamente para estar cheio de alegria quando ouvir o glorioso som da trombeta de Deus nos chamando para casa (1Ts 4.15-17). Acordo todas as manhãs com a expectativa de que este será o dia. À luz de tudo o que está acontecendo para a preparação de um Templo Judeu no monte do Templo, faríamos o certo se mantivéssemos nossos ouvidos bem abertos para o brado do Senhor, a voz do arcanjo e o chamado da trombeta de Deus. (Jimmy De Young - Israel My Glory - http://www.chamada.com.br)

Nota:

  1. Danielle Kubes, “Third temple Preparations Begin with Priestly Garb”, The Jerusalem Post, 1 de julho de 2008, citado pelo Instituto do Templo, www.templeinstitute.org/archive/03-07-08.htm.