segunda-feira, 28 de março de 2016

A Moeda Mundial Está Apenas a Um Clique de Distância?





Para muitas pessoas hoje em dia, fazer compras online é a melhor opção. Você não tem que enfrentar o trânsito nas estradas ou esperar em longas filas. Não há corredores lotados e a loja nunca fecha. Você pode ligar o computador, sentar-se, relaxar e fazer compras em seu tempo de lazer.
Atualmente, você pode comprar online qualquer coisa que quiser, inclusive livros, roupas, eletrônicos – até mesmo mantimentos. É, isso mesmo, você pode fazer as suas compras de supermercado online, e o supermercado vai entregá-las diretamente em sua porta dentro de 24 horas.
A tecnologia está mudando a forma como fazemos quase tudo. Ela até mesmo está ousando mudar a moeda que usamos.
A Bíblia indica que, no final dos tempos, o mundo vai usar uma moeda universal. O apóstolo João escreveu que, durante a futura Tribulação de sete anos, o Anticristo:?“A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome. (...) Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis” (Ap 13.16-18).
João deve ter perguntado a si mesmo: “Como é que o Anticristo irá exercer controle internacional e manipular quem compra e vende em uma economia enorme?”. Mas o que parecia incompreensível no tempo de João tornou-se uma realidade hoje. Os avanços tecnológicos tornaram o nosso mundo muito menor e mais conectado com o simples clique de uma tecla de computador.
A “marca” em Apocalipse 13.16-17
Ela pode ser interpretada como um selo, um carimbo ou uma gravação de algum tipo, feita pelo homem. Receber a marca da besta será obrigatório para todos durante a Tribulação. De acordo com o Apocalipse, a marca possui duas funções:
Identificação:
Ela identifica as pessoas que mostram lealdade à missão e à obra do Anticristo. Aqueles com a marca aceitam o objetivo dele de unificar as nações sob sua administração e de forçar todos a adorá-lo em sua completa arrogância. O versículo 16 não coloca nenhum limite social ou cultural em quem pode receber a marca. É para “os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos”, em todos os lugares. Ninguém ficará isento do plano do Anticristo.
A marca também comunica a mensagem de completo desligamento de Deus. O Apocalipse diz que aqueles que recebem a marca estão em rebelião contra o Senhor e destinados a enfrentar Sua ira (Ap 14.9; Ap 19.20).
Por outro lado, aqueles que recusarem a marca estarão em perigo de serem martirizados; mas eles permanecerão em fidelidade a Deus, e sua recompensa é grande: a vida eterna (Ap 20.4).
Controle:
A marca da Besta também funciona como uma maneira para o Anticristo controlar toda a população. A menos que uma pessoa receba a marca, ela será incapaz de comprar ou vender qualquer coisa no mercado global, o que significa que muitos provavelmente aceitarão a marca simplesmente para poderem sobreviver. Gerenciar o que as pessoas compram e vendem em uma escala tão imensa exigiria uma moeda corrente mundial para monitorar todas as transações.
O controle social e financeiro dessa magnitude teria sido inconcebível na Roma do século I. Não obstante, com os desenvolvimentos sociais e financeiros de hoje na tecnologia, a idéia de controle financeiro mundial é desconfortavelmente plausível.
Proposição da ONU
Não muito tempo depois da recessão dos Estados Unidos que se espalhou globalmente em 2008, a Conferência Sobre Comércio e Desenvolvimento da ONU propôs uma moeda mundial gerenciada, um “Global Reserve Bank” (Banco Central Global), para ajudar a sair da dominação do dólar e impedir que uma moeda única afete negativamente a economia global. O relatório de 218 páginas declara que uma moeda controlada internacionalmente ajudaria a estabilizar cada país-membro.[1] A idéia de uma moeda global não está somente nas mentes dos burocratas da ONU, mas também nas mentes daqueles que chegaram ao ponto de não mais confiar no sistema bancário em geral.
Veja o exemplo da “Bitcoin”, uma moeda peer-to-peer* digital criada pelo desenvolvedor cujo pseudônimo é Satoshi Nakamoto. A moeda altamente controversa transcende a todos os países, moedas e mercados. Ela carece de regulamentação e não tem nenhuma necessidade de um banco que atue como mediador.[2]

Quando quer comprar um produto com Bitcoin, você faz uma transação digitalmente secreta, com carimbo da data, com a pessoa ou a empresa com quem você está fazendo negócios. Você e seu computador se tornam o banco. E, como não há banco físico, Bitcoins são salvos em uma carteira digital que fica em seu computador ou armazenada na nuvem digital, o que significa que essa moeda reside em um gigantesco centro de dados em algum lugar no grande desconhecido.
Com Bitcoin, você e seu computador se tornam o banco.
Qualquer um pode ser pago, poupar e investir Bitcoins; tudo o que você precisa é um computador, tablet ou smartphone para se conectar à internet. Como Bitcoin é uma moeda sem dinheiro, você adquire Bitcoins através de uma troca de produtos, serviços ou outras moedas. Isso significa que, se você vender um produto ou prestar serviços, você tem a opção de ser pago em Bitcoins. Você também pode comprar Bitcoins, pagando com a moeda do seu país, através de uma empresa de processamento de Bit­coins, como a BitPay.
Orgulhosamente, este sistema oferece transações anônimas. No entanto, a capacidade de controlar tal moeda digital para supervisionar compras seria simples de se implantar.
Não se trata de uma idéia bizarra
Provavelmente, você está pensando que essa moeda é uma invenção bizarra, vanguardista, clandestina, que não tem base para se manter. Não é assim. Não fique surpreso ao saber que Bitcoin é muito mais desenvolvida do que muita gente pode imaginar.
Para começar, as grandes corporações amam a taxa de serviço de menos de 1% cobrada sobre as transações, comparada às taxas de serviço de 2% ou de 3% que as empresas de cartões de crédito cobram. Além disso, muitas empresas vêem o mundo se movendo na direção de uma sociedade sem dinheiro e querem estar à frente da curva na transição das moedas.
Empresas como a megastore online Overstock.com recentemente começaram a aceitar pagamentos na forma de Bitcoins. Os Sacramento Kings e os Golden State Warriors, times da Associação Nacional de Basquetebol dos EUA, com prazer aceitarão sua moeda digital, e a Tesla Motors, a mais jovem empresa americana de automóveis, alegremente venderá os seus carros elétricos de 100.000 dólares em troca dos seus Bitcoins.
BitPay, uma empresa processadora de Bitcoins com sede em Atlanta, no estado americano da Georgia, se orgulha por ter mais de 15.000 negociantes em 200 países. E pensar que, recentemente, em setembro de 2012, a BitPay tinha meros 1.000 negociantes. A Bit­Pay também afirma ter processado a quantidade espantosa de 100 milhões de dólares em transações de Bitcoins peer-to-peer.
A revista Forbes, uma das principais editoras mundiais de notícias sobre negócios, apregoa: “Bitcoin começou em 2013 a 13 dólares americanos cada moeda, para atingir, em 2014, cerca de 800 dólares, com a fascinação mundial conduzindo a um ganho de 60 vezes”.[3] A taxa extraordinária de crescimento da Bitcoin provavelmente indica que a moeda não está para desaparecer tão cedo.
John Dyer, autor de From the Garden to the City: The Redeeming and Corrupting Power of Technology [Do Jardim à Cidade: O Poder Redentor e Corruptor da Technologia], diz: “Quando a tecnologia tiver nos distraído tanto a ponto de já não a examinarmos mais, ela terá a maior oportunidade para nos escravizar”.[4] Vivemos em uma cultura que mergulha de cabeça na tecnologia, sem jamais avaliar as conseqüências a longo prazo.
E, embora Bitcoin possa ou não ser confiável, ou ser a moeda única do mundo no futuro, ela revela que há uma infraestrutura, um desejo e um mercado para uma moeda sem dinheiro, digital, global. A pergunta é: “Quem a controlará?”. (Christopher J. Katulka — Israel My Glory — Chamada.com.br)
* Peer-to-peer (do inglês par-a-par ou simplesmente ponto-a-ponto, com sigla P2P) é uma arquitetura de redes de computadores onde cada um dos pontos ou nós da rede funciona tanto como cliente quanto como servidor, permitindo compartilhamentos de serviços e dados sem a necessidade de um servidor central. (Wikipédia)
 Christopher J. Katulka (www.chamada.com.br)

Notas:
    Declan McCullagh, “United Nations Proposes New ‘Global Currency”’, 9 de setembro de 2009, CBS News, www.tinyurl.com/NewGlobalC.
    Bitcoin “quick tour”, www.bitcoin.com.
    Samantha Sharf, “$10: One Perspective On What Bitcoin Will Be Worth In 2014”,?Forbes,?15 de janeiro de 2014, www.tinyurl.com/bbbitcoinn.
    John Dyer,?From the Garden to the City?(Grand Rapids, MI: Kregel, 2011), 28.

quarta-feira, 23 de março de 2016

Instalação de Câmeras no Monte do Templo - Início do Cumprimento da Profecia de Apocalipse Capítulo 11?

 
Após intensas negociações com os israelenses mediadas pelos Estados Unidos, o governo da Jordânia anunciou que instalará 55 câmeras de monitoramento na praça Esplanada das Mesquitas. E isso pode marcar o início do cumprimento de uma profecia bíblica.
O local, também conhecido como Monte do Templo, em Jerusalém, atualmente abriga a mesquita Al-Aqsa, e é administrado por autoridades jordanianas, desde 1967, como forma de garantir a segurança para que muçulmanos palestinos possam visitar o local.
O conteúdo das imagens – que serão transmitidas 24 horas por dia pela internet – deverá estar à disposição do público “nos próximos dias”, segundo o ministro jordaniano Heyal Daoud, encarregado da administração do local.
“O objetivo é documentar as violações e as infrações das autoridades israelenses na esplanada das mesquitas e apresentá-las ao mundo”, ressaltou Daoud, de acordo com informações do portal Al Bawaba.
Israel queria que o interior da mesquita Al-Aqsa também fosse monitorado pelas câmeras, mas não houve acordo, pois violaria a liberdade religiosa dos muçulmanos. Com isso, a Jordânia espera pôr fim à troca de acusações entre palestinos e israelenses sobre a responsabilidade dos conflitos que acontecem no local, já que sempre há troca de acusações sobre provocações.
No entanto, especialistas apontam para a possibilidade de que essa simples decisão política entre três países marque o início do cumprimento de uma profecia de João no livro de Apocalipse.
No capítulo 11, versículo 9, a revelação diz que povos de todas as nações veriam os corpos de duas testemunhas que serão mortas no local.
 “Durante três dias e meio, homens de todos povos, tribos, línguas e nações contemplarão os seus cadáveres e não permitirão que sejam sepultados. Os habitantes da terra se alegrarão por causa deles e festejarão, enviando presentes uns aos outros, pois esses dois profetas haviam atormentado os que habitam na terra. Mas, depois dos três dias e meio, entrou neles um sopro de vida da parte de Deus, e eles ficaram de pé, e um grande terror tomou conta daqueles que os viram. Então eles ouviram uma forte voz do céu que lhes disse: ‘Subam para cá’. E eles subiram para o céu numa nuvem, enquanto os seus inimigos olhavam. Naquela mesma hora houve um forte terremoto, e um décimo da cidade ruiu. Sete mil pessoas foram mortas no terremoto; os sobreviventes ficaram aterrorizados e deram glória ao Deus do céu”.
Como as imagens das 55 câmeras que serão instaladas no Monte do Templo serão transmitidas pela internet para todo o mundo, é perfeitamente possível que um conflito religioso seja flagrado e assistido por pessoas de “todos os povos, tribos, línguas e nações”.
http://noticias.gospelmais.com.br/monte-do-templo-cameras-podem-cumprimento-profecia-81866.html

sábado, 5 de março de 2016

Capitalismo Nos Dez Mandamentos?


Por isso votar nas esquerdas é tão imoral quanto o próprio sistema socialista, porque valida todas as faltas citadas à lei de Deus, e porque a cobiça manda o Estado roubar “dos ricos” para repartir “com o povo”.



“Em que parte da Bíblia há apoio para o capitalismo?”, me perguntam no rádio. Digo que principalmente nos Dez Mandamentos, o resumo da lei de Deus, ao condenar e proibir severamente todo tipo de abuso de poder e idolatria, incluindo a que se rende ao Estado. Porém, vamos por partes.
Primeiro, o que é o capitalismo? É o nome dado pelos comunistas ao “sistema de economia natural” ou de livre mercado que surgiu de maneira espontânea quando havia “governo limitado”, o sistema político que Deus ordena na Bíblia: em seus cinco primeiros livros, especialmente Deuteronômio. Ele já não existe porque em quase toda parte as esquerdas impuseram um governo totalitário e socialista sem limites, contrário à natureza das coisas, que o substituiu.

E o socialismo? É o oposto do capitalismo, e a forma atual de estatismo ou estatolatria. Como toda tirania, histórica ou atual, é uma transgressão completa e gravíssima de cada um dos dez mandamentos. Veja Êxodo 20 e compare:

1   Não ter outros deuses. O socialismo é uma falsa religião, que nos impõe um falso deus: o mega-Estado totalitário, no qual se deposita toda a fé e esperança de salvação terrena, e ao qual se confere todos os atributos do Deus da verdade: sabedoria e providência, onipotência, onipresença, e plenitude de caridade e misericórdia. Exige-se para ele obediência incondicional, honra, glória e culto a partir da educação pública, que é sua catequese e discipulado.

2.   Não fazer imagens de escultura. Como era, por exemplo, o desfile de 1º de maio em Moscou? Com bandeiras gigantes de Marx e Engels, e do líder supremo da vez, sumo-sacerdote da liturgia. E os enormes mísseis, evidentes símbolos fálicos e do poder militar do deus-Estado. Com bandeiras e escudos, entoando hinos e cantos solenes, como no “Dia do Partido” da Alemanha nacional-socialista.

3.     Não tomar o nome de Deus em vão, para usá-lo com algum propósito periférico. É o que fazem as esquerdas religiosas, por exemplo, o socialismo sionista disfarçado de judaísmo; a “teologia da libertação” marxista disfarçada de catolicismo; o “evangelho social” travestido de protestantismo; e a “jihad” ou guerra santa política, como se fosse o genuíno islã.

4.   Guardar o dia do Senhor. Por que no domingo os socialistas fazem eleições, e as esquerdas “verdes” fecham ruas e interrompem o trânsito? Para dificultar os cultos, e as reuniões familiares; porque o socialismo é contra a igreja, a família, e contra tudo o que Deus abençoa.

5.   Honrar pai e mãe. Este Estado é “um deus ciumento”: rouba da família funções, liberdades e bens, a empobrece e anula; a destrói para ocupar seu lugar. O feminismo, criado pelo socialismo, põe o Estado como marido de todas as mulheres, e pai de todos os filhos, separados de suas famílias pela escolapública, onde o comunismo ensina a delatar aos pais “contrarrevolucionários”.

6.   Não matar. É um deus cruel e assassino. “O livro negro do comunismo”, editado na França (1997) por Stephane Courtois, registrou até agora uns cem milhões de mortos. E a conta segue...

7.   Não cometer imoralidade sexual. Ao marxismo clássico ou econômico do século 20, o “socialismo do século 21”, soma-se hoje o “marxismo cultural”, que em sua feroz investida contra a família, legitima o aborto e todo tipo de união sexual imaginável e inimaginável.

8    Não roubar. O socialismo é um roubo. “Redistribuir a riqueza” é tomá-la de seus donos legítimos, todos nós que trabalhamos, com impostos excessivos, moedas sem lastro metálico e inflação galopante, crédito sem base em depósitos, dívida selvagem, pirâmides financeiras do tipo “seguro social” e outros confiscos.

9.   Não mentir. A mentira aparece sempre na lista pois serve para ocultar e dissimular ou justificar assassinatos, imoralidade e roubos. O socialismo é uma grande falsidade, para encobrir todos os seus delitos, montada sobre uma “teologia” estatista costurada em sofismas grosseiros, evidências e testemunhos truncados ou escamoteados, teorias forjadas, e especulações improváveis ou impossíveis.

1    Não cobiçar. Os mandamentos anteriores protegem a vida, a família, a propriedade e trabalho, e a verdade; são os pilares e valores do capitalismo. E este, o décimo mandamento, põe uma proteção adicional, porque a maioria dos crimes começa pela cobiça, que é o princípio e a base ética do socialismo, assim como o trabalho produtivo e o desenvolvimento são princípio e base do capitalismo.


Por isso votar nas esquerdas é tão imoral quanto o próprio sistema socialista, porque valida todas as faltas citadas à lei de Deus, e porque a cobiça manda o Estado roubar “dos ricos” para repartir “com o povo”. Ainda que a realidade seja que os chefes e burocratas socialistas são deixados com todo o espojo e nada sobre para o povo; porém, esse é o castigo trazido pelas consequências do pecado!
Os socialistas “cristãos” dizem que a lei de Deus e, portanto, o capitalismo, são coisas do Antigo Testamento, não do Novo. Ah, é?! Pois assim se inverte o ônus da prova, e eles é que têm de mostrar no Novo Testamento onde se revogam os mandamentos, ou onde Jesus e seus apóstolos apoiam ou praticam o “cesarismo”, ou o socialismo. Somente um o pratica: aquele que “roubava da bolsa” (João 12.6).


Alberto Mansueti
 é advogado e cientista político.
Tradução: Márcio Santana Sobrinho


quarta-feira, 2 de março de 2016

Apostasia, Anjos e Juízo

Renald E. Showers
Quero, pois, lembrar-vos, embora já estejais cientes de tudo uma vez por todas, que o Senhor, tendo libertado um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu, depois, os que não creram; e a anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia; como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição como aqueles, seguindo após outra carne, são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição. Ora, estes, da mesma sorte, quais sonhadores alucinados, não só contaminam a carne, como também rejeitam governo e difamam autoridades superiores. Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda! Estes, porém, quanto a tudo o que não entendem, difamam; e, quanto a tudo o que compreendem por instinto natural, como brutos sem razão, até nessas coisas se corrompem. Ai deles! Porque prosseguiram pelo caminho de Caim, e, movidos de ganância, se precipitaram no erro de Balaão, e pereceram na revolta de Corá” (Judas 5-11).
A apostasia não é algo novo. Embora ela possa parecer pior hoje do que em anos anteriores, ela tem estado por aí desde quase sempre; e ela colhe o juízo de Deus.
Apóstata é aquela pessoa que abandona a religião, os princípios, o grupo ou a causa aos quais era associada e cujos ensinamentos professava anteriormente.[1] O livro de Judas dá exemplos de apóstatas dos tempos do Antigo Testamento e do juízo divino que esses apóstatas colheram.

Apóstatas do Antigo Testamento

O primeiro exemplo envolve o povo de Israel, a quem Deus havia trazido do Egito sob a liderança de Moisés (Jd 5). Todos ficaram muito satisfeitos em ser libertados da escravidão e do sofrimento que haviam experimentado durante muitos anos. Mas os incrédulos entre os israelitas ficaram satisfeitos meramente por motivos egoístas, em vez de ser pela honra e glória de Deus. Como conseqüência, Deus, “destruiu, depois, os que não creram” (Jd 5).
O segundo exemplo de Judas envolve um grupo de anjos, a quem Deus criou para um domínio angélico especial, ou esfera de influência (v.6).[2] Aparentemente, esses anjos ficaram satisfeitos com seu poder sobrenatural de influência, mas decidiram usá-lo por motivos egoístas em vez de ser para os propósitos de Deus. O pecado dos anjos consistiu em quatro ações:
1. Abandonar o domínio que lhes havia sido ordenado por Deus, ou sua esfera de influência, a fim de se tornarem parte de um domínio diferente.
2. Abandonar “seu próprio domicílio” (v.6). Esses anjos desertaram da habitação ordenada por Deus para os anjos nos céus,[3] a fim de viverem em outro local.
3. Entregar-se à “prostituição” (v.7). O versículo 7 começa, dizendo: “Como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas”. Alguns intérpretes afirmam que o versículo 7 não tem nenhuma relação com os anjos do versículo 6.[4] Eles insistem que as palavras “como aqueles”, no versículo 7, se referem às cidades de Sodoma e Gomorra e não aos anjos do versículo 6, e que Judas estava dizendo que as cidades ao redor de Sodoma e Gomorra se entregaram à imoralidade sexual de maneira semelhante às de Sodoma e Gomorra.
No entanto, a palavra “cidades” em grego é feminina. Diferentemente, as palavras gregas traduzidas por “como aqueles” no versículo 7, e “anjos” no versículo 6 são ambas masculinas. Assim, “como aqueles” no versículo 7 deve referir-se aos anjos do versículo 6, e não às cidades de Sodoma e Gomorra.[5] Judas estava dizendo que Sodoma e Gomorra e as cidades ao redor destas pecaram como os anjos do versículo 6, cometendo imoralidade sexual.
Todavia, isto não significa que os anjos se entregaram ao mesmo tipo de imoralidade sexual que os homens daquelas cidades perversas. A palavra grega traduzida por “prostituição” no versículo 7 se refere a qualquer tipo de relacionamento sexual proibido por Deus.[6] A imoralidade sexual dos homens de Sodoma e Gomorra, e das cidades da circunvizinhança, envolvia irem atrás de “outra carne”. Ir “após outra carne” significa “ter relações sexuais antinaturais”.[7] Os homens se envolveram em relações sexuais não-naturais uns com os outros, embora Deus tenha criado seres humanos masculinos para serem sexualmente alheios a outros seres humanos masculinos (Lv 18.22; Lv 20.13; Dt 23.17.
4. Ir “após outra carne” (v.7). A imoralidade sexual dos anjos também envolvia ir atrás de “outra carne”. Deus criou anjos como seres espirituais, sem corpos físicos de carne e osso. Assim, os anjos do versículo 6, contrariamente à sua natureza e ao que Deus pretendia, buscaram ter relações sexuais com carne física. O final do versículo 6 indica que Deus puniu esse pecado quádruplo confinando-os a um lugar lúgubre de trevas, onde Ele os mantém até o juízo final deles no fim da história desta Terra: Ele os reservou em “algemas eternas” para o juízo do grande dia.
O apóstolo Pedro tinha em mente esses mesmos anjos quando escreveu:
Ora, se Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo. E não poupou o mundo antigo, mas preservou a Noé, pregador da justiça, e mais sete pessoas” (2Pe 2.4-5).
Várias coisas devem ser observadas relativamente a estes comentários: Primeiro, Pedro estava se referindo a um grupo de anjos a quem Deus havia confinado e acorrentado em um terrível lugar de trevas no passado.
Segundo, embora a tradução chame esse lugar de “inferno”, Pedro não usou a palavra do Novo Testamento para “inferno” (Hades) nesta passagem. Em vez disso, ele usou a palavra Tártaro. O mundo antigo entendia Hades e Tártaro como duas coisas distintas. Tanto os escritores apocalípticos gregos como judeus consideravam Tártaro como “um lugar subterrâneo, mais baixo que o Hades, onde o castigo divino era executado”.[8] O capítulo 22, versículo 2, do Livro Apócrifo de Enoque apresenta o Tártaro como o lugar de punição para os anjos caídos. Pedro estava indicando que esses espíritos maus estão aprisionados no mais profundo abismo das trevas.
A Segunda Carta de Pedro 2.4 é o único texto no Novo Testamento em que esse lugar de juízo é mencionado com seu próprio nome. Várias outras passagens se referem a ele através de seu termo descritivo, como o “poço do abismo” (literalmente “o abismo”). A palavra “abismo” significa “impenetravelmente profundo”. Escritores apocalípticos judeus o chamavam de “o lugar onde espíritos andarilhos [fugitivos, vagabundos], estão confinados” (Jub. 5:6ss; Eth. En. 10:4ss; 11ss; 18:11ss; Jd. 6; 2 Pe 2.4).[9]
Terceiro, o Tártaro é somente um lugar temporário de juízo para os anjos ali confinados. No final da história desta terra, eles, juntamente com Satanás e os anjos caídos, serão destinados a um outro lugar de juízo: o eterno Lago de Fogo (Mt 25.41; Ap 20.10).
Quarto, Pedro deixou bem claro que esses anjos já estavam no Tártaro por causa de um pecado que cometeram antes que a carta fosse escrita. Esse pecado não foi o pecado angelical original, a saber, a rebelião contra Deus porque, se o fosse, então todos os anjos – inclusive Satanás – estariam ali confinados. Em vez disso, tinha que ser um pecado mais repugnante, cometido por esse grupo de anjos depois da rebelião original dos anjos contra Deus.
Antes e depois do tempo de Cristo na Terra, o entendimento sobre Gênesis 6.1-4 era de que “os filhos de Deus” (Gn 6.1) eram anjos que haviam se casado com “filhas dos homens” humanas, produzindo descendentes gigantes, que se tornaram “varões de renome” antes do Dilúvio. Esses anjos abandonaram sua esfera de influência designada e esvaziaram a residência dos anjos nos céus.
A Septuaginta, a tradução grega do Antigo Testamento hebraico, produzida por estudiosos judeus dos séculos II e III antes de Cristo, indica que “os filhos de Deus” de Gênesis 6 eram anjos.[10] O Livro de Enoque (o qual Judas cita nos versículos 14-15) e o Livros dos Jubileus, literatura judaica produzida nos séculos II e III antes de Cristo, apresentavam a mesma visão.[11] O mesmo fez Josefo, o famoso historiador judeu do século I d.C.[12] Esta visão também foi a posição histórica da Igreja primitiva até o século IV d.C.
O juízo de Deus sobre os homens de Sodoma e Gomorra, e das cidades circunvizinhas, serve como exemplo daqueles que sofrerão a punição do fogo eterno (Jd 7).

Apóstatas do Novo Testamento

Começando no versículo 8, Judas aplicou o exemplo dos apóstatas do Antigo Testamento aos apóstatas do versículo 4, que haviam se infiltrado enganosamente para dentro das igrejas. Eram falsos profetas que afirmavam “ter visões e sonhos”,[13] criam que a graça de Deus permitia imoralidade sexual e desprezavam a autoridade do senhorio de Cristo em suas vidas. Além disso, como meros humanos, eles acharam que poderiam repreender os anjos.
Judas contrastou as ações deles com as de Miguel, o arcanjo (um anjo de alta posição), que, quando em disputa com Satanás acerca do corpo de Moisés, disse: “o Senhor te repreenda!” (v.9), em vez de ousar ele mesmo repreender Satanás. Judas usou esse exemplo para aconselhar os apóstatas a terem cuidado em repreenderem os anjos, que são muito mais poderosos que eles.
No versículo 10, Judas acusou esses apóstatas de blasfemarem sobre coisas que eles ignoravam e, como animais irracionais, se corromperem com coisas que entendiam por instinto natural.
No versículo 11, Judas declara: “Ai deles!”, por causa de três coisas que haviam feito:
1. “Porque prosseguiram pelo caminho de Caim”, rejeitando a ordem de Deus e a autoridade de Seu senhorio a fim de fazerem o que queriam.
2. “Movidos de ganância, se precipitaram no erro de Balaão”. Assim como Balaão usou gananciosamente seu ministério profético para enriquecer, esses homens enganosamente afirmavam ter visões significativas em sonhos a fim de ficarem ricos.
3. “E pereceram na revolta de Corá”. Assim como Corá pereceu por causa de sua rebelião contra Moisés (Nm 16), esses apóstatas também pereceram por causa da rebelião contra os líderes da Igreja designados por Deus.
Deus certamente é rápido em perdoar e lento para se irar, mas finalmente Ele tratará da apostasia. (Renald E. Showers — Israel My Glory — Chamada.com.br)

Notas:

  1. Webster’s New International Dictionary of the English Language, 2ª.ed., não-simplificada (Springfield, MA: G. & C. Merriam, 1939), 127, s.v. “apostasy”.
  2. William F. Arndt e F. Wilbur Gingrich, eds./trad., “arche”, A Greek English Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature (1952: tradução e adaptação do Griechisch-Deutsches Wörterbuch zu den Schriften des Neuen Testaments und der übrigen urchristlichen Literatur, de Walter Bauer, 4ª ed.; Chicago: University of Chicago Press, 1957), 112.
  3. Otto Michel, “oiketerion”, Theological Dictionary of the New Testament (citado a seguir como TDNT), ed. Gerhard Friedrich, trad./ed. Geoffrey W. Bromiley, traduzido de Theologisches Wörterbuch zum Neuen Testament (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1967), 5:155.
  4. Walter C. Kaiser, Jr., More Hard Sayings of the Old Testament (Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1992), 35.
  5. Edwin A. Blum, Jude in The Expositor’s Bible Commentary (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1981), 12:390.
  6. Arndt e Gingrich, “pornéia”, 699.
  7. Ibid., “apérchomai”, 84.
  8. Ibid., “tártaroo”, 813.
  9. Joachim Jeremias, “abyssos”, TDNT, ed. Gerhard Kittel, trad./ed. Geoffrey W. Bromiley (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1964 ), 1:9.
  10. New Catholic Encyclopedia, 13:435, s.v. “Sons of God”.
  11. R. H. Charles, The Book of Enoch (Oxford: Clarendon Press, 1912), 14-15, 21. The Book of Jubilees (New York: Macmillan, 1917), 57–58, 68.
  12. Flavius Josephus, Antiquities of the Jews, 1.3.1 in The Complete Works of Flavius Josephus, trad. William Whiston (Chicago: Thompson & Thomas, n.d.), 32

O Preparo Para a Tribulação

Thomas Ice
Ao longo dos anos tem havido muitas argumentações contra o pré-tribulacionismo. Algumas tentativas são exegéticas, outras são teológicas, e algumas são práticas. Embora eu venha escutando este argumento prático específico (do preparo para a Tribulação) desde o início dos anos 1970, eu o ouvi apresentado com uma frequência muito maior no ano passado do que em todos os anos anteriores juntos. A questão que levantam é a seguinte: “Se o Arrebatamento pré-Tribulação não for verdadeiro, então a Igreja não estará preparada para passar pela Tribulação e muitos se perderão no tempo da perseguição por causa desse falso ensino”.

Não Estarão Preparados?

O trailer de um vídeo contra o pré-tribulacionismo pergunta:

E o que acontecerá se a Igreja não for arrebatada aos céus antes da Grande Tribulação como muitos estão ensinando? E o que acontecerá se a Igreja for deixada com preparo insuficiente para encarar o Anticristo e a marca da besta? E o que acontecerá se as afirmativas de Tim LaHaye sobre o Arrebatamento pré-Tribulação forem falsas? Então, a bendita esperança se tornará a infeliz esperança para milhões de pré-tribulacionistas? E o que acontecerá se os milhões que foram conduzidos ao erro pelo ensino pré-tribulacionista se tornarem parte da grande apostasia que Jesus advertiu que iria acontecer naquela hora?[1]
O mesmo trailer apresenta o anti-pré-tribulacionista Joel Richardson, declarando:

A questão do Arrebatamento pré-Tribulação versus o Arrebatamento pós-Tribulação é uma das questões pastorais mais importantes dos nossos dias. Se você é um pastor que neste momento não está preparando seu povo para enfrentar potencialmente o Anticristo e a Grande Tribulação, simplesmente porque sua denominação ensina isso, ou por outro motivo qualquer, acho pessoalmente que você está fracassando em seu papel como pastor.
De acordo com essa maneira de pensar, aparentemente, há algum ensinamento especial ou algum preparo especial em que os pastores devem estar engajados para que possam preparar seu povo para os rigores de enfrentar a Tribulação. Certamente, a Tribulação será como Jesus disse que seria: “Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais” (Mt 24.21). Mas, esta visão (da necessidade de preparo para a Tribulação) pressupõe, incorretamente, que o Novo Testamento não ensina o Arrebatamento da Igreja antes da Tribulação. Durante os últimos vinte e cinco anos tenho apresentado o ensino do Novo Testamento apoiando o pré-tribulacionismo. Contudo, mesmo que eu pressupusesse, para fins de argumentação, que a Igreja iria enfrentar a Tribulação, seria verdade que os pastores pré-tribulacionistas não teriam preparado seus rebanhos para suportarem aquele momento? A resposta é “não”!

Preparo Para a Perseguição

A chave para todo cristão sobre como tratar com a perseguição de qualquer tipo não é algum conhecimento especial de que tal perseguição está chegando; em vez disso, a chave depende do nível de maturidade do indivíduo que está passando pelas dificuldades. Na noite antes de ser crucificado, Jesus disse aos Seus discípulos no Cenáculo: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim.?Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia” (Jo 15.18-19). Todas as instruções do Discurso do Cenáculo (João 13-16) são instruções especiais finais aos Seus discípulos que logo se tornariam os fundadores, juntamente com Cristo, da nova era que chamamos de Igreja. A mensagem de Jesus foi que o mundo O odiava e também odiaria e perseguiria Seus seguidores. O versículo final do Discurso do Cenáculo foi projetado para encorajar aqueles que estavam destinados a se tornarem parte da Igreja. Disse Jesus naquele momento: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33).
O apóstolo Paulo ressoa a advertência de Jesus sobre a perseguição durante a Era da Igreja quando declara: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2Tm 3.12). Os crentes que realmente viverem a vida cristã são aqueles que sofrerão perseguição, seja a perseguição mais branda da mera rejeição social, ou a perseguição severa que leva à morte. O motivo para tal perseguição foi revelado por Cristo no Discurso do Cenáculo, quando Ele observou que o mundo O odeia e também odiará aqueles que viverem como Jesus. Esta verdade é ilustrada em todo o Livro de Atos à medida que a igreja primitiva divulgava o Evangelho por todo o mundo antigo. A perseguição é frequentemente a razão pela qual um escritor do Novo Testamento foi inspirado pelo Espírito Santo a escrever uma epístola a muitas das recém-formadas igrejas do primeiro século. O fato é que as dificuldades, as tribulações e a perseguição são coisas que vêm acontecendo desde a fundação da Igreja do Novo Testamento, quase dois mil anos atrás. Então, como os crentes da era presente devem tratar com essa questão?

Maturidade Cristã

O que tem preparado os crentes de qualquer época para tratarem com as dificuldades e a tribulação? Pode-se afirmar simplesmente que é a maturidade na fé. Os crentes que são amadurecidos na fé conseguem lidar com qualquer tipo de teste que Deus permita acontecer em suas vidas. Portanto, um pastor é responsável por alimentar seu rebanho com a Palavra de Deus, a qual capacita os crentes a suportarem as dificuldades que possam encontrar em seu caminho, seja dentro ou fora da Tribulação. Não fui capaz de encontrar, tampouco alguém foi capaz de me mostrar, passagens bíblicas especiais que tenham o objetivo de capacitar uma pessoa a passar pela Tribulação. Como disse Paulo aos anciãos de Éfeso em seu encontro de despedida: “Agora, pois, encomendo-vos ao Senhor e à palavra da sua graça, que tem poder para vos edificar e dar herança entre todos os que são santificados” (At 20.32). É o ensinamento da Palavra de Deus, sob a supervisão de Deus Pai, através do poder do Espírito Santo, que é capaz de edificar os crentes individualmente, preparando-os para suportarem qualquer que seja a circunstância.
Durante dois mil anos de história da Igreja, tem havido dezenas de milhões de crentes que já suportaram tremenda perseguição imposta a eles por aqueles que odeiam nosso Senhor e Salvador, sim, há dezenas de milhões que deram suas vidas por amor a Cristo. Como eles foram capazes de perseverar? Eles perseveraram porque eram sólidos na fé. Assim também será depois do Arrebatamento: aqueles que vierem à fé em Cristo perseverarão ao passarem por semelhantes perseguições, confiando no Senhor. Se a Igreja estiver “despreparada”, como os críticos do pré-tribulacionismo afirmam que acontecerá por causa do pré-tribulacionismo, será, na verdade, porque seus membros não cresceram adequadamente na fé.
É verdade que há muitíssimos crentes professos hoje, tanto pré-tribulacionistas quanto não pré-tribulacionistas, que não estão crescendo na fé como deveriam. Mas isto não acontece porque tenham uma determinada visão do momento do Arrebatamento. Em vez disso, é porque não amadureceram na fé como deveriam ter amadurecido. Vemos isto refletido por Paulo em sua primeira carta aos coríntios: “Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo.?Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem?” (1Co 3.1-3). Esses crentes tinham tido tempo para superar a infância espiritual e se tornarem crentes amadurecidos, mas escolheram não crescer. Existem muitos cristãos assim na igreja de hoje. O objetivo de muitíssimas igrejas hoje é aumentar em número e entreter o rebanho, não é ver os crentes amadurecerem e se tornarem adultos na fé.

Espalhando Mitos

Lembro-me de assistir, no início dos anos 1970, a Pat Robertson em seu programa de televisão chamado “O Clube 700”. Robertson sempre foi um pós-tribulacionista fervoroso e, portanto, um anti-pré-tribulacionista militante. Assisti a um programa no qual Corrie ten Boom era a convidada. Ela juntou-se a Robertson na crítica ao pré-tribulacionismo e contou sua tão frequentemente repetida história sobre como, na China, o Arrebatamento pré-Tribulação era ensinado aos crentes e, portanto, estes não estavam adequadamente preparados quando os comunistas tomaram o poder e impuseram uma severa perseguição aos cristãos. Recentemente, um pós-tribulacionista enviou-me um e-mail com a seguinte citação, supostamente de ten Boom a respeito desse assunto: “Fracassamos. Deveríamos ter feito com que o povo ficasse mais forte para a perseguição, em vez de dizer-lhe que Jesus voltaria primeiro. Digam ao povo como ser forte em tempos de perseguição, como permanecer firme quando a tribulação vier, como perseverar e não desanimar”. Ela disse em muitas ocasiões que os cristãos chineses não estavam preparados para a perseguição que lhes sobreveio em 1949, quando os comunistas tomaram o controle da China, porque eles estavam esperando ser arrebatados. Este simplesmente não é o caso!
O trabalho missionário evangélico teve início na China no começo dos anos 1800, e estima-se comumente que houvesse cerca de 750.000 crentes na China quando os missionários foram expulsos de lá no começo dos anos 1950. Nos anos 1970, quando foi restabelecido o contato da China com o mundo exterior, diz-se que havia dezenas de milhões de chineses cristãos lá. Hoje, estima-se que haja algumas centenas de milhões. Se a Igreja na China foi derrotada por causa do pré-tribulacionismo, então como é possível que o Evangelho tenha se espalhado e se multiplicado tão tremendamente quando lá não havia missionários de fora? Seja o que for que tenha acontecido nesses vinte e cinco anos depois que os missionários partiram de lá, o que vemos não é o resultado de uma igreja derrotada, despreparada, como a Corrie ten Boom sempre afirmou.
Desta forma, é falsa a noção de que, se o pré-tribulacionismo estiver errado – e tenho certeza de que não está errado – os crentes não estarão adequadamente equipados para a perseguição que acontecerá na Tribulação. Tal visão não é verdadeira, uma vez que a habilidade para lidar com provações e tribulações está relacionada com a maturidade espiritual das pessoas, e não simplesmente por serem avisadas que terão que passar pela tribulação. Isto é demonstrado na história pelos muitos pré-tribulacionistas que têm sido capazes de permanecer fortes em meio à perseguição durante nossa atual Era da Igreja. Maranata! (Thomas Ice — Pre-Trib Perspectives

terça-feira, 1 de março de 2016

Oração por Auxílio Divino




Dimas Cunha

Ao final de cada dia, quando chega a noite, e nos quedamos em nossos pensamentos, orar é o melhor que podemos fazer. Agradecer ao Senhor pelo dia que passou, pelas lutas e pelas vitórias. O dia que segue ao que passou é mais um desafio a ser vencido. Quantos estão enfrentando situações de dificuldades, quem sabe, até dentro de sua própria casa. Falta paz, compreensão, harmonia. Vivemos dias difíceis e a luta parece que não vai acabar. Há pessoas que se sentem rejeitadas pela família, pelos amigos. Parece que ninguém se importa consigo. Bate até um sentimento de que é rejeitada pelo próprio Deus.  A mulher siro-fenícia que seguia gritando atrás de Jesus e seus discípulos pedindo ajuda para sua filha que estava atormentada, não recebeu nenhuma palavra. Jesus ficou em silêncio ao seu clamor. Os discípulos, sem nenhuma compaixão, rogaram a Jesus que despedisse a mulher que gritava, sem atender a necessidade que tanto a afligia e tirava sua paz. ( Mateus 15: 21-23) Será que a minha oração foi ouvida? Há tanto tempo que clamo e o Senhor não responde. Há momentos em que até as palavras faltam para expressar a dor e a angústia, o sofrimento. Não entendemos o silêncio de Deus.
Davi passou por momentos difíceis na vida. Problemas conjugais. Perseguição dos inimigos; da própria família. Teve que fugir para não morrer perseguido por seu próprio filho, Absalão. O ungido do Senhor também experimentou o silêncio divino. No Salmo 25 Davi ora: A ti, Senhor, elevo a minha alma. Deus meu, em ti confio; não seja eu envergonhado, nem exultem sobre mim os meus inimigos( v.1-2) Quando tropeçamos na vida, e as coisas não andam bem conosco, parece que somos alvos dos olhares e da observação dos que nos odeiam. Como superar essa dificuldade? Como sair desse aperto e nos livrar das ondas revoltas que parecem querer nos tragar?
Davi continua sua súplica ao Senhor: (...) Volta-te para mim e tem compaixão, porque estou sozinho e aflito ( v.16). Quem já não passou momentos de solidão e abandono? Quem já não se sentiu rejeitado e excluído? Nesse momento só há uma companhia a ser buscada: a do Senhor Jesus. Além da solidão avassaladora que atormentava sua alma, Davi estava aflito.  A tristeza o havia levado a ficar atribulado e angustiado. E, continua a clamar a Deus: (...) Alivia-me as tribulações do coração; tira-me das minhas angústias( v.17).
Você está passando momentos difíceis? As coisas não vão bem? Seus negócios estão indo de mal a pior? Você está doente? Seu filho não lhe obedece? Sua filha está nas drogas e no mau caminho? NÃO SE DESESPERE! Comece a clamar: Jesus tem misericórdia de mim! Ele é fiel e justo para perdoar os seus pecados e lhe trazer alegria.
O Senhor fica em silêncio até ouvir a sua oração. Não existe oração sem resposta.
Espera pelo Senhor, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo Senhor ( Salmo27:14).
Que o Senhor te abençoe e te guarde em Cristo Jesus Nosso Senhor.